Em 27/FEB/2015 ÀS 18:00 - De Pragmatismo Político (Reprodução)
Causou estranheza a ausência do microfone da TV Globo na entrevista em que Randolfe Rodrigues presta esclarecimentos sobre a abertura da CPI do HSBC. O senador do PSOL lamentou que “o escândalo do Suiçalão” venha sendo sistematicamente ignorado pelos grandes veículos de comunicação no Brasil
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) concede entrevista sobre a CPI do HSBC
(Imagem: Agência Senado)
A iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) na última quarta-feira incomodou centenas de milhares de pessoas. O parlamentar foi o responsável pela coleta de assinaturas para a implantação da CPI do HSC-Swissleaks no Senado Federal [veja o requerimento aqui].
Em menos de 24 horas Randolfe conseguiu 31 assinaturas, mais do que o mínimo necessário para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A lista dos que assinaram tem senadores da base do governo e também da oposição [veja a lista aqui].
O Brasil é o quarto país em todo o mundo com mais envolvidos no esquema de sonegação bilionário; são 8.667 nomes. Destes, apenas algumas dezenas foram divulgados por Fernando Rodrigues, blogueiro do UOL, único a ter acesso à lista dos brasileiros sonegadores.
Randolfe concedeu entrevista coletiva para a imprensa nesta quinta-feira (26) para prestar esclarecimentos sobre a abertura da CPI, mas causou estranheza a ausência do microfone da TV Globo na sabatina. A tímida cobertura da Globo sobre o escândalo suscita suspeitas de que a emissora esteja na lista (até agora secreta) do HSBC. O banco, por muitos anos, foi patrocinador oficial do Jornal Nacional.
O senador do PSOL lamentou que “o escândalo do Suiçalão” venha sendo sistematicamente ignorado pelos grandes veículos de comunicação no Brasil. Segundo Randolfe, essa seletividade denuncia o envolvimento de personagens poderosos, que podem sempre se servir da benevolência de setores da imprensa.
Entenda o caso HSBC
O caso envolvendo o HSBC veio à tona após reportagens na imprensa europeia mostrando que o banco mantinha milhares de contas secretas na Suíça para livrar os clientes de pagamento de impostos. O escândalo, conhecido como Swissleaks, tem como fonte original um especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani. Segundo ele, entre os correntistas, estão 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas que movimentam, entre 2006 e 2007, cerca de R$ 20 bilhões.
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