Publicado em: 01/10/2013 - 10:28
Luciana Antonello Xavier e Célia Froufe, da Agência Estado
SÃO PAULO – O dólar abriu em alta ante o real, com o movimento sendo atribuído à queda de 1,90%, para R$ 2,2160, da moeda na segunda-feira, 30 de setembro, pressionada pela formação da Ptax do mês. No exterior, porém, o dólar tinah queda desde a manhã, movimento que posteriormente passou a ser acompanhado no Brasil. Às 10h05, o dólar recuava 0,45%, a R$ 2,206, após abrir em alta de 0,05%, a R$ 2,2170.
O dólar à vista fechou o mês de setembro em queda de 1,90%, a R$ 2,2160, tendo acumulado queda de 7,01%. “O mercado vai seguir atento ao impasse fiscal nos Estados Unidos, mas também espera pelos dados da balança comercial”, comentou o operador de tesouraria de banco.
O fechamento parcial do governo dos Estados Unidos, depois do fracasso nas negociações para o orçamento do ano fiscal que começa hoje, não estressou os mercados, que em larga medida já antecipavam o pior. E também porque agora os investidores começam a apostar que o Federal Reserve poderá manter intacto o QE3, o programa de compras de ativos, por mais tempo. Com isso, a maioria das bolsas asiáticas fechou em alta, as bolsas europeias operam no azul e quem sabe perdendo é o dólar, que cai ante as principais rivais.
Os números da balança comercial de setembro saem às 15 horas. A expectativa segundo levantamento do AE Projeções é de que tenha ficado de US$ 1,3 bilhão a US$ 2,2 bilhões, com mediana de US$ 2,0 bilhões.
O entrave na questão orçamentária levanta questionamentos sobre se o governo conseguirá elevar o teto da dívida até o dia 17 de outubro. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que a paralisação do governo dos EUA representa “um risco à economia global”. Mas segundo levantamento do Morgan Staley, a maioria das 17 paralisações já ocorridas no governo desde 1976 teve curta duração, de um ou dois dias, e não houve um efeito direto na atividade econômica.
Entre outras coisas, a paralisação deve colocar cerca de 700 mil funcionários públicas em licença não remunerada, manter fechados parques nacionais, zoológicos, museus nacionais, suspender temporariamente os empréstimos federais imobiliários.
Leilão do BC
O Banco Central vendeu os 10 mil contratos de swap cambial com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, que colocou novamente à disposição do mercado. O swap cambial é uma operação que equivale à venda de dólares no mercado futuro e na operação de hoje somou US$ 497,8 milhões.
Esta operação faz parte do programa de leilões diários no mercado cambial anunciado no dia 22 de agosto e que conta com operações de swap de segunda a quinta-feira, no valor de US$ 500 milhões cada, além de leilão de linha às sextas, de US$ 1 bilhão. Por semana, são oferecidos US$ 3 bilhões ao mercado e, até o final do ano, o BC espera ofertar cerca de US$ 100 bilhões por meio desses leilões.
Fonte: Jornal Pequeno
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