Três dos 30 membros do Greenpeace detidos na Rússia após a tentativa de escalar uma plataforma de petróleo da Gazprom criticaram suas condições de detenção, em declarações divulgadas neste domingo (27) na imprensa suíça e britânica.
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"As condições do passeio diário são degradantes e infames. Caminho apenas em um espaço fechado de quatro metros por cinco. O solo e as paredes são de concreto, não há qualquer janela, nem luz natural (...) O lugar é sujo e úmido", escreve o suíço Marco Weber, de 28, em carta publicada pelos jornais de seu país "SonntagsZeitung" e "Le Matin Dimanche".
Na carta - redigida antes que a Rússia reduzisse de pirataria para vandalismo a acusação contra os tripulantes do navio do Greenpeace "Arctic Sunrise" -, Weber diz que está isolado há 24 dias.
O jornalista britânico Kieron Bryan, de 29, relata, em uma carta ao "Sunday Times", que passa "23 horas por dia" em uma cela de 32 m². "Nada além do meu livro (...) e dos meus pensamentos", diz ele, que está junto com um preso que fala apenas russo.
O também britânico Frank Hewetson, de 45, em um texto publicado no jornal 'The Independent', conta sua vida em uma cela de 10 m, compartilhada com dois fumantes inveterados.
Os membros do Greenpeace estão em prisão preventiva até seu julgamento, previsto para 24 de novembro.
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