De ((o))eco sexta-feira, 12 agosto 2016 17:032 (Reprodução)
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, teve que voltar atrás em menos 24 horas sobre a nomeação de mais um indicado político para assumir uma superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Dessa vez, o caso aconteceu em Tocantins. A nomeação de Luciolo Cunha Gomes para a chefia do órgão ambiental saiu nesta quinta-feira (11). Após ser multado pelo Ibama por crime ambiental nesta sexta-feira (12), o advogado teve a nomeação tornada sem efeito.
Tudo por conta de uma postagem no Facebook em 2013. Nela, Gomes relata estar comendo caititu, um animal silvestre que está na lista da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES). A caça de animais silvestres é proibido pela Lei de Crimes Ambientais.
Sede do Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. Foto: Ascom/MMA.
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, teve que voltar atrás em menos 24 horas sobre a nomeação de mais um indicado político para assumir uma superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Dessa vez, o caso aconteceu em Tocantins. A nomeação de Luciolo Cunha Gomes para a chefia do órgão ambiental saiu nesta quinta-feira (11). Após ser multado pelo Ibama por crime ambiental nesta sexta-feira (12), o advogado teve a nomeação tornada sem efeito.
Tudo por conta de uma postagem no Facebook em 2013. Nela, Gomes relata estar comendo caititu, um animal silvestre que está na lista da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES). A caça de animais silvestres é proibido pela Lei de Crimes Ambientais.
Na postagem, Gomes relata que está “Deliciando pernil de caititu na house de (...) kkkk o medo aqui é só aparecer o Ibama...rssss”. Alertado pelos colegas na postagem, o advogado ainda afirma que o Ibama “não sabem o endereço” (sic).
Em 2016, o Ibama soube. Nesta sexta-feira (12), o advogado e o amigo foram multados no valor de 5 mil reais e responderão a um processo administrativo dentro do Ibama. O advogado tem 20 dias para se defender.
“Para os agentes de fiscalização federais do IBAMA, ficou claro que o nomeado estava confessando um ilícito ambiental. Ou, se estava de brincadeira, foi um escárnio para com os profissionais que ele iria comandar. Que moral ele teria, caso a nomeação dele fosse mantida?”, afirmou um servidor, que pediu para não ser identificado.
Em nota, o ministro do Meio Ambiente afirmou que revogará as nomeações de “indivíduos que se mostrem incompatíveis com o cargo”.
“Esclareço que os nomes designados para as superintendências estaduais do Ibama são indicações das bancadas parlamentares dos respectivos estados. Não aceitaremos, contudo, em nosso quadro funcional, indivíduos que se mostrem incompatíveis com o cargo. No caso do superintendente nomeado para o Tocantins, a incompatibilidade ficou clara e a nomeação foi tornada sem efeito”, afirmou.
Parte dos servidores que conversaram com ((o))eco, alguns ligados a Associação Nacional dos Servidores do Ibama, acusam as recentes nomeações do Ibama de serem uma estratégia do governo para agradar as bancadas estaduais. Mudanças de cargos em troca de apoio ao novo grupo político.
“O MMA não está livre da culpa por ter nomeado pessoas para exercer cargos no IBAMA que não tem qualquer perfil para a área ambiental. Outra coisa importante, o MMA está interessado em agradar as bancadas estaduais, quando deveria estar preocupado com a qualidade do meio ambiente no Brasil”, afirma o mesmo servidor.
Em 2016, o Ibama soube. Nesta sexta-feira (12), o advogado e o amigo foram multados no valor de 5 mil reais e responderão a um processo administrativo dentro do Ibama. O advogado tem 20 dias para se defender.
“Para os agentes de fiscalização federais do IBAMA, ficou claro que o nomeado estava confessando um ilícito ambiental. Ou, se estava de brincadeira, foi um escárnio para com os profissionais que ele iria comandar. Que moral ele teria, caso a nomeação dele fosse mantida?”, afirmou um servidor, que pediu para não ser identificado.
Em nota, o ministro do Meio Ambiente afirmou que revogará as nomeações de “indivíduos que se mostrem incompatíveis com o cargo”.
“Esclareço que os nomes designados para as superintendências estaduais do Ibama são indicações das bancadas parlamentares dos respectivos estados. Não aceitaremos, contudo, em nosso quadro funcional, indivíduos que se mostrem incompatíveis com o cargo. No caso do superintendente nomeado para o Tocantins, a incompatibilidade ficou clara e a nomeação foi tornada sem efeito”, afirmou.
Parte dos servidores que conversaram com ((o))eco, alguns ligados a Associação Nacional dos Servidores do Ibama, acusam as recentes nomeações do Ibama de serem uma estratégia do governo para agradar as bancadas estaduais. Mudanças de cargos em troca de apoio ao novo grupo político.
“O MMA não está livre da culpa por ter nomeado pessoas para exercer cargos no IBAMA que não tem qualquer perfil para a área ambiental. Outra coisa importante, o MMA está interessado em agradar as bancadas estaduais, quando deveria estar preocupado com a qualidade do meio ambiente no Brasil”, afirma o mesmo servidor.
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