02 setembro 2014

Candidato milionário do Tocantins usa paródia do Lepo-Lepo para ganhar votos de eleitores pobres

Wesley Silas || 30 de Agosto de 2014 às 09h24 - Portal Gilberto Silva


Enquanto boa parte da classe baixa convive anos a anos o drama da pobreza e agora canta o Lepo Lepo para rir da própria desgraça, o candidato mais rico do Tocantins, Mauro Carlesse, com patrimônio declarado de mais de R$ 35 milhões tenta usar o sentimento do Lepo Leo dos que “não tenho carro e não tem teto” para entrar no universo dos “pés-rapados” em busca de seus votos, mesmo diante as poucas propostas, tendo comoprincipal a industrialização de Gurupi e pra isso não tem medido nas contratações de cabos eleitorais, conforme manda seus condições financeiras.]

“Ah, eu já não sei o que fazer

Duro, pé-rapado e com o salário atrasado
Ah, eu não tenho mais pra onde correr
Já fui despejado, o banco levou o meu carro” Letra da do Lepo Lepo.

O erro de estratégia de discurso de Carlesse, repete o que aconteceu na campanha de 2012, quando ele disputou a prefeitura de Gurupi com o atual prefeito Laurez Moreira (PSB). Naquela ocasião, ele preferiu substituir o discurso de competência de gestão na iniciativa privada pelas exaustivas frases de efeitos de seu passado como o primeiro par de haviana aos 08 anos de idade e da única uma calça jeans quando jovem, mas, quando saia nas ruas o povo o via como o dono do Camaro amarelo e da Ferrari vermelha. 
Charge adaptada

O marqueteiro de Carlesse esqueceu que muitos e muitos servidores públicos, empresários e profissionais liberais, etc.. que viveram suas infâncias e adolescências nas décadas de 1970, 1980 e 1990 trabalhando duro engraxando sapados na rua e na rodoviária, capinando lotes, vendendo frutas como mangas, bananas e mexerica nas ruas, reaproveitaram roupas remendadas de irmãos mais velhos e tiveram suas havianas com as tiras arrebentadas e seguradas por um prego, grampo de cabelo, e, assim como Carlesse, quando pobre repetiam diariamente a única calça jeans que tinham.

Apesar do belo exemplo de superação e dignidade humana das histórias dessas pessoas, vejo que quem passou por tais labutas não podem usá-las como argumento que justifiquem aptidão para exercer um determinado cargo. Justo em uma época em que há um clamor por políticos que tenham posturas proativas e pragmáticas.

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