Publicado em: 23/10/2013 - 09:44
Os deputados Raimundo Cutrim, Bira do Pindaré e Rubens Pereira Júnior voltaram a cobrar do governo Roseana Sarney uma solução para a crise que, segundo eles, tomou conta do sistema de segurança pública do estado. Os parlamentares condenaram a ‘falta de competência’ do secretário Aluísio Mendes no combate à criminalidade no Maranhão.
Cutrim, Bira e Rubens Jr. se revezaram na tribuna para relatar casos de violência, criticaram a elevação do número de assassinatos no Estado e as frequentes fugas e mortes de detentos.
Segundo o ex-secretário Raimundo Cutrim, “no Maranhão, voltaram os crimes de execução, o crime organizado, talvez com mais força de que naquela época dos anos 1990, quando se trabalhou para combater este tipo de crime. Volto a afirmar que a situação é gravíssima e que o que falta é credibilidade para a gestão do sistema de segurança pública”. Cutrim destacou, ainda, que o governo tem que tomar uma providência e que o secretário Aluísio Mendes não tem condições de administrar o Sistema de Segurança Pública, “porque a corda já esticou muito”.
Rubens Júnior disse que Aluízio Mendes falhou na sua tentativa de implementar a política de Segurança no Estado. Na avaliação do parlamentar, “o problema é de falência de quem gerencia o sistema e só tem uma saída: mudar quem não deu conta. Que favor é esse que a governadora Roseana deve para o secretário Aluízio que não paga nunca? A saída, então, é um terceiro de fora do processo entrar para ajudar a resolver o problema. Daí a necessidade de uma intervenção”, defendeu.
Rubens Júnior cobrou da governadora Roseana uma manifestação pública sobre a crise que o aparelho do estado não consegue debelar. “O silêncio do governo é vergonhoso. A omissão do Estado é desesperadora e a saída é a intervenção. Por isso, quero me congratular com a iniciativa do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União, pois é a primeira luz que nós conseguimos ver para superar o caos instalado no sistema de segurança do Estado”.
Bira pediu ao governo que ouça o clamor da população, e que adote medidas efetivas que possam conter a onda de criminalidade no Estado. Ele também destacou que a polícia não tem as condições necessárias para fazer o enfrentamento, uma vez que os bandidos estão mais fortes do que a corporação. “A Polícia do Maranhão está sucateada, os policiais, que são em números insuficientes, ainda são perseguidos desde que fizeram o movimento reivindicatório; não têm uma valorização, uma perspectiva profissional, estão desmotivados”.
Bira acrescentou que a manifestação de ontem (21), no Cohatrac, onde os moradores foram às ruas pedir mais segurança, mostra que o povo quer medidas efetivas e que isso não está acontecendo.
Reação governista – O vice-líder do governo, Magno Bacelar, saiu em defesa do governo afirmando que está impressionado com dados que, segundo ele, mostram como o “secretário Aluísio Mendes está conduzindo bem a sua pasta”. E convidou os deputados a fazer uma visita à Secretaria de Segurança. Na interpretação do vice-líder do governo, os ataques ao Sistema de Segurança Pública não passam de politicagem.
Bacelar foi o único parlamentar governista a se manifestar sobre a segurança do estado. Para ele, o Maranhão está vivendo um novo momento, no qual há um clamor nacional com relação à segurança pública. “Quando se liga a televisão vemos o que está acontecendo em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Brasília”, disse o parlamentar acrescentando que a deficiência de policiais no Maranhão será suprida com o concurso público instituído pela governadora Roseana Sarney para contratação de mais dois mil policiais no Estado.
Em Brasília, conforme Magno Bacelar, a proporção é de 170 policiais para cada mil habitantes e lá os índices de criminalidade são altíssimos. E, no Maranhão, mesmo com o número baixíssimo de policiais, há um trabalho extraordinário do serviço de inteligência e, “bem diferente daquilo que o deputado Bira falou”, não há desmotivação.
Fonte: Jornal Pequeno
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários geram responsabilidade. Portanto, não ofenda, difame ou dscrimine. Gratos pela contribuição.