10 setembro 2015

Após jantar com Temer, Marcelo diz que maior parte dos Estados não conseguirá honrar compromissos com servidores até o fim do ano

Em 09/09/15 18h09 09/09/15 18h15 - De Cleber Toledo (Reprodução)
Governador se mostra preocupado com a crise após ouvir relato do vice-presidente da República

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Durante assinatura dos primeiros contratos do Programa Minha Casa, Minha Vida, na tarde desta quarta-feira, 9, o governador Marcelo Miranda (PMDB) demonstrou extrema preocupação com a crise que impacta governos estaduais e federal. Ele participou do jantar dos líderes do PMDB com o vice-presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu, na noite dessa terça-feira, 8. Marcelo disse que se pudesse colocar ao público "tudo que ouviu em Brasília as pessoas viriam o tamanho da crise”.

Ele contou que a maior parte dos governos estaduais não conseguirá honrar seus compromissos com os servidores até o fim do ano. Contudo, não fez qualquer referência ao Tocantins, onde, nos bastidores da Assembleia, deputados governistas já comentam possível atraso e até parcelamento de salários.
Foto: Internet
 
Marcelo Miranda com líderes governadores do PMDB em jantar com o vice Michel Temer

Porém, Marcelo, no discurso da tarde desta quarta-feira, amenizou a situação do Tocantins. "Quando ouço o relato dos meus colegas governadores, fico feliz de ser do Tocantins, onde apesar das dificuldades, temos muito o que comemorar", disse, destacando o avanço da agricultura, a posição estratégica do Estado e a notícia recente de que "só este ano foram abertas mais de 11 mil empresas, metade de tudo que já aconteceu nos 27 anos do Estado”.

Para o governador, todos em Brasília se mostraram preocupados com a situação nacional e com a falta de perspectivas para os Estados. Marcelo defendeu que somente "com muita criatividade para enfrentar a crise de frente”.

Uma pauta de reformas
O vice-presidente Michel Temer recebeu em sua residência oficial eis dos sete governadores peemedebistas, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL), além dos líderes do Partido nas duas Casas Legislativas, o senador Eunício Oliveira (CE), e o deputado Leonardo Picciani (RJ), para propor uma pauta de reformas para o País.

A reunião foi proposta pelos governadores, com a intenção de discutir a crise econômica enfrentada pelos governos estaduais e municipais e propor soluções para a economia nacional. O evento teve como foco uma agenda propositiva de reformas com alternativas que permitam que a economia brasileira volte a crescer.

Conforme o jornal Folha de S.Paulo, Temer defendeu que uma proposta de criação de receita para evitar um deficit das contas públicas no ano que vem deve partir do governo federal, não do Congresso Nacional.

Segundo os presentes, o peemedebista relatou conversa que teve com o ex-ministro Delfim Netto sobre a ideia de aumentar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), imposto cobrado sobre combustíveis.

No discurso, ele afirmou que ficou impressionado com a proposta, mas evitou fazer uma defesa pública da ideia.

Ao ter evitado defender o aumento da Cide, a impressão de peemedebistas que estavam no encontro é de que o vice-presidente recuou do aumento da tarifa após conversa no inicio da noite desta terça-feira com a presidente Dilma Rousseff.

Ainda de acordo com a Folha, antes de Temer, o aumento da atual carga tributária foi defendido por governadores e ministros peemedebistas como alternativa para enfrentar a atual crise econômica e garantir um superávit primário no ano que vem.

Os ministros Kátia Abreu (Agricultura), Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil), Helder Barbalho (Pesca e Aquicultura) e Edinho Araújo (Secretaria de Portos) também participaram. (Com informações da Folha de S.Paulo, do site do PMDB e da Secom Tocantins)

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