17 outubro 2014

Em evento pró-Aécio, políticos tocantinenses não se manifestam e Agripino dispara: “Brasil não aguenta mais o petismo”

16/10/14 19h27 -De: Cleber Toledo

Em ato tímido, coordenador nacional da campanha do tucano citou o "mensalão" e disse que o PT “trata como heróis” filiados presos por envolvimento no escândalo
Luís Gomes
Da Redação
Sob um clima tímido diante do calor das campanhas pelo País, o ato político em apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, realizado na tarde desta quinta-feira, 16, contou com a presença do coordenador geral da campanha do tucano e presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), que adotou discurso “anti-PT” no rápido evento no auditório da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), em Palmas. A programação ainda recebeu o ex-governador Siqueira Campos (PSDB) e diversas lideranças políticas, sendo que nenhum político tocantinense fez pronunciamento e todos deixaram o local assim que o parlamentar do Rio Grande do Norte terminou o discurso.

O prefeito de Almas e presidente da ATM, Leonardo Cintra (PSDB), abriu a programação lendo o manifesto público de apoio a Aécio Neves, onde 104 gestores municipais teriam aderido à campanha tucana e o entregou ao senador Agripino Maia, pedindo que o documento fosse apresentado ao presidenciável. Em seguida, foi anunciada a adesão do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect).

Com a palavra, Agripino Maia cumprimentou os políticos presentes e pediu licença a Siqueira Campos, chamando-o de “velho amigo e sempre governador”, para defender que a “maior autoridade” no Tocantins são as lideranças que estavam presentes no evento. O senador afirmou que Aécio Neves pediu desculpas por não poder estar presente no ato político.

O presidente do Democratas fez uma avaliação positiva do desempenho de Aécio Neves nos Estados da região Centro-Oeste do País, estendendo a possível performance para o Tocantins. “Vamos ganhar em Goiás, em Mato Grosso do Sul, em Mato Grosso, e porque não ganhar no Tocantins. Com essa turma que acabei de nomear não tenho dúvida que vamos ganhar no Tocantins”, disse Agripino, referindo-se às lideranças políticas presentes. No Estado, a petista teve mais de 50% dos votos e o tucano pouco mais de 27%.

Foto: Divulgação
Políticos tocantinenses acompanham José Agripino Maia e não se manifestam em evento

"O Brasil não aguenta mais o petismo"
Em seguida, o senador por Rio Grande do Norte criticou a postura da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), indicando que o PT irá fazer “todo o tipo de presepada e pegadinha” para prejudicar Aécio Neves. “O Brasil não aguenta mais o petismo”, disparou. Agripino Maia ainda citou o escândalo do "mensalão", afirmando que o PT “trata como heróis” os filiados presos por envolvimento no caso.

Agripino Maia exaltou o perfil de Aécio Neves, defendendo que o tucano “significa a mudança real” e criticou o atual governo. “A educação vai, a saúde vai mal, porque o governo vai mal, e para isso só tem um caminho, trocar de governo”, disse. O senador ainda destacou a importância dos militantes. “Vamos dar um salto consistente para frente. Ou vocês nos ajudam segurando a bandeira de Aécio Neves, ou nós não chegamos lá, porque eles são ardilosos”, disparou, ainda alfinetando o PT.

Foto: Divulgação/ATM
Auditório da ATM durante o rápido e tímido ato Pró-Aécio Neves

"Unido até a tampa"
Por fim, o senador que coordena a campanha de Aécio Neves disse que levaria a informação ao presidenciável tucano de que o Tocantins “está unido até a tampa” para elegê-lo. Quando Agripino Maia terminou o pronunciamento, toda a mesa levantou para acompanhá-lo, e, assim, rapidamente encerrou o ato político.

Estiveram presentes no evento o senador Vicentinho Alves (SD), os deputados federais Eduardo Gomes (SD), Dorinha Seabra (DEM) e Nilmar Ruiz (PEN), o presidente regional do PSDB, Jaime Café; os deputados estaduais Carlão da Saneatins (PSDB), Osíres Damaso (DEM), Amélio Cayres (SD), José Geraldo (PTB); o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira (PSB); o presidente estadual do PTdoB, Júnior Luiz; e do PTN, Cinthia Ribeiro; os eleitos à Câmara Federal Carlos Gaguim (PMDB) e Vicentinho Júnior (PSB); os deputados estaduais eleitos Eduardo Siqueira Campos (PTB) e Olyntho Neto (PSDB).

Grupo heterogêneo
Entre os poucos políticos que se estendeu no evento, Vicentinho Alves conversou com CT, e defendeu que a presença do coordenador geral da campanha do presidenciável tucano, o senador Agripino Maia, “valoriza o evento”. O parlamentar tocantinense exaltou o apoio de políticos de diferentes legendas ao candidato do PSDB. “O grupo que apóia Aécio é super heterogêneo. Temos membros de vários partidos e de todos os segmentos, então isso mostra a força da candidatura de Aécio Neves, aliás, grande brasileiro, determinado e forte”, afirmou.

O senador ainda repercutiu os erros da pesquisa do Ibope no Tocantins e no Brasil. “Essa diferença do Ibope, que foi uma vergonha no Tocantins, vai ser uma vergonha mais uma vez em termo nacional. A diferença está muito maior. Nas pesquisas internas da coordenação do Aécio é muito mais ampla”, revelou Vicentinho Alves, comparando a situação com o caso da disputa ao Senado no Tocantins, vencida por Kátia Abreu (PMDB), reeleita com 0,87% de frente. “Você já imaginou o Ibope no sábado dar o Eduardo Gomes 27 pontos atrás e no domingo dar meio? Um absurdo. Isso não tem nenhum critério. Portanto, em nível nacional, a diferença vai ser muito maior que os 2%”, concluiu.

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