09 agosto 2014

Vinte e oito mulheres fazem parte da população carcerária de Imperatriz

maioria está presa por envolvimento com o tráfico de drogas

Publicação: 08/08/2014 14:42 - O Imparcial


Na Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI), antiga Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), estão 21 mulheres, sendo nove em prisão provisória, aquela em que o processo ainda está ‘rolando’; 6 em regime fechado, aquelas que já foram condenadas, e outras 6 em regime semiaberto, em que passam o dia trabalhando e se recolhem à prisão a partir das 18 horas.
Outras sete presas provisórias se encontram na Delegacia do 4º Distrito Policial, fechando o total de 28 detentas em Imperatriz.

Na Unidade Prisional de Ressocialização de Davinópolis (UPRD), não tem mulheres presas.
Tem aumentado o número de mulheres envolvidas com o tráfico de drogas em Imperatriz. Por conta disso, 90% das detentas que se encontram em unidades prisionais da cidade foram presas por tráfico de droga. De acordo com levantamentos feitos, a maioria começou influenciada por maridos ou namorados. Desse número, várias foram presas conduzindo drogas, as chamadas ‘mulas’.  
A polícia tem intensificado as operações de repressão ao tráfico e é cada vez maior o número de prisões de mulheres envolvidas com a comercialização da droga.

As mulheres que não conseguem resistir à tentação caem numa armadilha que muitas vezes só é percebida quando estão atrás das grades. Outra situação que vem sendo constatada pela polícia é um número cada vez maior de mulheres de traficantes que assumem o negócio quando o marido é preso. As ações de combate ao tráfico de drogas em Imperatriz resultaram, este ano, em várias prisões e autuações de mulheres por tráfico e associação para o tráfico de droga.

Número de mulheres
no crime aumentou

De acordo com pesquisas feitas, antes dos anos 70 e bem depois da antiguidade, os crimes mais praticados pelas mulheres eram os passionais. Já entre as décadas de 60 e 70, a figura da mulher aprisionada se revelava em duas faces: a da rebeldia e a delituosa. Assim, dividida de um lado, pelas questões políticas, onde o aprisionamento se dava em repúdio a ideologias e militâncias não aceitas pelo poder maior do Estado. Já do outro, lado também aprisionado, estavam as mulheres presas por práticas delituosas, sendo o crime de furto o maior tipificador a garantir mandatos de prisões e condenações pela prática.

Por ser considerada uma forma “mais acessível, rápida, de menor risco, pouca dedicação e solitária (sem a divisão do lucro, proveniente da rés furtiva, ou seja, não necessita de sócios ou sociedades/parcerias)”.

Conforme dados fornecidos pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça), cerca de vinte e oito mil mulheres cumprem pena em todo o país, ou seja, 5,0% a 6,0% do total de presos no Brasil, que somam hoje mais de quatrocentos e vinte mil.

O aumento de mulheres presas na última década se deu pelo grande número de condenações por posse, uso e tráfico de drogas. O perfil foi mudando, assim como os delitos.

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