17 maio 2016

Pior Ibope do ano, a Globo mostra no Fantástico quem é o presidente do Brasil

De Tijolaço (Reprodução)Por Fernando Brito · 16/05/2016
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Não causou surpresa o dado que o Conversa Afiada recolheu do Notícias da TV: o Ibope do Fantástico, ontem, foi o pior desde dezembro, exceto por dois programas atípicos: o do domingo de Carnaval e o do outro domingo de Carnaval, o da votação do impeachment na Câmara, quando o programa entrou no ar pertinho da meia-noite.
Se Michel Temer já é aquela figura “macarrão sem sal e sem molho”, desde que assumiu o cargo vem deixando claro que não tem nada a dizer, exceto lugares comuns, declarações vazias e  compromissos que não vai cumprir.

O máximo de “positivo” que a turma que apoiou sua aventura de usurpação consegue dizer é que “fala bem o português”, talvez impressionada ainda com aquele “se-lo-ia”. Patético…
Temer não teve audiência por não despertar interesse.
Ele é um não personagem. Ou só  é se fisicamente ao recordar o antológico “Múmia Paralítica”, que o ator Pedro Farah fazia quando o professor de mitologia abilolado interpretado por Agildo Ribeiro desandava nos seus elogios a Bruna Lombardi.
O papel que desempenha não representa nada a não ser  se dispor à traição para a completa entrega do país ao capital, através de outro presidente, Henrique Meireles – este sim, real ao ponto de ganhar um “estamos torcendo pelo senhor” deprimente da profissional posta lhe fazer escada na Globo.
Se até no Supremo é o tempo dos desavergonhados, porque a moça interessada em sua carreira global seria austera?
Ao contrário de Temer, Meirelles tem cara de bobo e não é nada bobo. E que, mesmo sem falar a verdade inteira, não mente escandalosamente dizendo que não vai criar impostos, mexer nas aposentadorias ou cortar mais o já dilacerado gasto público brasileiro.
Temer não tem futuro e sabe disso.
Mário Magalhães, hoje, em seu blog, foi preciso ao dizer que, claro, Temer gostaria de ser popular mas não é e sabe que não será com aquilo que sustentou sua usurpação de poder.
Temer minimiza a repercussão popular do que faz. Pega mal excluir mulheres? “E daí?”Conta com a máquina de propaganda que contribuiu decisivamente para sua ascensão. Indica que suas preocupações se concentram no Congresso, e não nas ruas. Como se, do lado de fora dos palácios e plenários, a história tivesse terminado. Não terminou.
Aí está o risco Temer.
O Brasil do século 21 não pode ser governado como até os anos 30, apenas por um pacto de oligarquias.
A alternativa força também não está disponível na conjuntura mundial para um país das dimensões do nosso.
Eles agora são os donos da barraquinha, das gôndolas do mercado, dos desempregados que já são muitos e serão mais com os cortes monstruosos que se preparam no orçamento público.
Tudo, para eles, agora se resume numa só alternativa: a entrada de capital externo.
E será desesperadamente tentada com a venda de direitos e ativos nacionais, com a administração do dólar e o anúncio de uma “segurança jurídica” nestas operações que, ao contrário da que o PT deu às que herdou de Fernando Henrique, não conta com muita certeza o mundo ao olhar o panorama brasileiro.
Ao mesmo tempo, o desmonte do Estado e de suas redes de proteção social é indispensável para que a sangria representada pelo pagamento de juros e outras formas de drenagem dos nossos recursos para as ricas mão daqui  e de fora.
É este o quadro em que vamos mergulhar e com instituições, parlamentares e judiciais, destroçadas e desmoralizadas.
O mordomo do filme de terror, apelido que deu a Temer “o Toninho Malvadeza” já estamos vendo.
Logo veremos também o próprio filme de terror.

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