Um palestino atacou nesta sexta-feira com ácido uma família de israelenses, incluindo quatro crianças, antes de ser atingido por um tiro, perto de Belém e de um bloco de assentamentos israelense na Cisjordânia ocupado, informou o Exército.
Ainda na Cisjordânia, cerca de vinte palestinos ficaram feridos quando soldados israelenses atiraram em suas pernas durante confrontos perto de Ramallah e Hebron após a tradicional oração de sexta-feira, relataram os serviços de emergência e segurança palestinos.
O ataque à família ocorreu em um posto de controle perto de Belém.
Segundo o Exército, o carro da família parou perto do posto para dar carona a um homem. O palestino, que estava logo ao lado do caronista, jogou o ácido nos passageiros, o casal e seus quatro filhos, ferindo-os levemente.
Ele também tentou atacar o pai com uma chave de fenda.
Numa versão anterior, o Exército havia indicado que o palestino era quem pedia carona.
Um civil israelense que estava próximo do local de ataque atirou na perna do agressor quando este tentava fugir.
Os serviços de emergência israelenses citaram seis pessoas levemente feridas, além do agressor. Todos foram levados a um hospital de Jerusalém.
Ele foi identificado por habitantes de Nahalin, cidade próxima de Belém de onde é originário, pelo nome de Jamal Ghayyada. Ele foi descrito como um homem de cerca de 50 anos que passou anos na prisão por razões de segurança e que sofre desde então problemas psicológicos.
Este ataque ocorre em meio às tensões crescentes entre palestinos e israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, a parte palestina de Jerusalém anexada e ocupada por Israel.
O bloco de assentamentos de Gush Etzion foi palco de diferentes ataques, incluindo um recentemente, em 1º de dezembro, quando um palestino feriu um israelense com uma faca antes de ser gravemente ferido ar balas.
Em 10 de novembro, um palestino esfaqueou três colonos na mesma região, matando uma mulher e ferindo dois homens antes de ser ele mesmo baleado e gravemente ferido.
A animosidade geral aumentou ainda mais com a morte na quarta-feira de uma autoridade palestina morta durante confrontos com soldados israelenses durante uma manifestação contra os assentamentos na Cisjordânia.
Ziad Abu Ein, um ex-prisioneiro, ex-vice-ministro e veterano popular da causa palestina, é a maior autoridade morta em tais circunstâncias em muitos anos.
Seu falecimento fez temer uma nova onda de violência ao ponto de o Exército israelense implantar na Cisjordânia dois batalhões de soldados e duas companhias de guardas de fronteira adicionais.
A grande oração muçulmana de sexta-feira foi seguida por confrontos entre palestinos e soldados israelenses, segundo os serviços de emergência e segurança palestinos.
Uma centena de palestinos protestaram do lado de fora da prisão militar de Ofer, perto de Ramallah. Soldados israelenses dispararam balas de verdade em suas pernas, ferindo dez manifestantes, de acordo com a mesma fonte.
Em Hebron, nove pessoas ficaram feridas, uma atingida por uma bala real e outras por balas de borracha, quando jovens entraram em confronto com soldados israelenses.
Na Faixa de Gaza, dezenas de milhares de pessoas participaram de uma passeata por ocasião do 27º aniversário da criação do Hamas, o movimentos islâmico palestino no poder na Faixa de Gaza.
"Assim como nós libertamos Gaza, iremos reeditar a mesma experiência na Cisjordânia", proclamou um líder do Hamas, Mahmud al-Zahar, durante um discurso em Khan Yunes, no sul do território palestino.
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