31/12/14 12h54 31/12/14 14h57 - De Portal Cleber Toledo
O governador eleito Marcelo Miranda (PMDB) enfrentou na tarde desta terça-feira, 30, o mesmo constrangimento que o ex-vice-governador João Oliveira (DEM) teve que suportar no ano passado: a fúria da senadora e futura ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB). Fontes próximas a Marcelo contaram ao blog que Kátia “invadiu” a casa do governador eleito por volta das 15 horas dessa terça e soltou todos os desaforos possíveis e imagináveis contra o agora já seu ex-aliado.
Tudo ocorreu por conta das discussões em torno das indicações de secretários do futuro governo. Conforme os mais próximos marcelistas, a senadora não aceitava que os deputados estaduais Toinho Andrade e Valdemar Júnior, ambos do PSD, indicassem nomes para a nova administração estadual. Ainda de acordo com essas fontes, só Kátia e seu filho, o deputado federal Irajá Abreu (PSD), poderiam fazer indicações. Pelo menos para a futura ministra.
Foto: Divulgação
Kátia e Marcelo se abraçam na campanha eleitoral: desaforos possíveis e imagináveis
Kátia indicou Mila Jaber para a Educação e ainda teria sob seu domínio a Secretaria de Agricultura, Ruraltins e Adapec. Contudo, conforme os marcelistas, Irajá também estaria exigindo a Habitação, Naturatins e Itertins. Habitação, com Aleandro Lacerda, e Naturatins, com Ricardo de Souza Fava, já estão definidas. E, para o Itertins, Marcelo já tinha compromissos com outro partido - foi indicado José Carlos Pes.
PITI A LÁ KÁTIA ABREU
No início da tarde dessa terça, de acordo com marcelistas, o futuro secretário geral de Governo, Hebert Barros, o Buti, ligou para importantes membros do PSD para pedir que intercedessem e convencessem Valdemar Júnior e Toinho a fazerem a indicação de nomes para a nova gestão. Kátia ficou sabendo e ligou para Buti, xingando-o de tudo quanto é nome, sem poupar nenhum palavrão.
Em seguida, sempre segundo os aliados do governador eleito, a senadora e futura ministra “invadiu” - termo usado pelos marcelistas - a residência de Marcelo na Arse 41 aos berros.
Segundo os marcelistas, Kátia disse, entre outras coisas, que Marcelo era igual ao deputado estadual eleito Eduardo Siqueira Campos (PTB), com quem a senadora rompeu em 2013, depois da aliança firmada em 2009. “Não sou igual a ele não, senadora, porque nunca fiz panfleto contra a senhora, e me respeite porque estou em minha casa”, teria rebatido o governador eleito, numa referência a conhecido episódio das eleições de 2006.
"Ela fez com o Marcelo muito pior do que fez com o João Oliveira", avaliou um marcelista.
Como resultado do mais recente piti da senadora, ela e nem as pessoas mais próximas compareceram ao anúncio do secretariado nesta quarta-feira, 31. Marcelo tem recebido ligações de lideranças do PSD de todo o Estado reafirmando seu apoio ao novo governador e à nova gestão do Tocantins.
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