Fonte: AF Notícias - Da Redação - 25/07/14 15h43
Blog do Mino Pedrosa
Imagens seriam da agenda do doleiro Fayed
Arnaldo Filho
Portal AF Notícias
Um dos jornalistas mais polêmicos de Brasília (DF), Mino Pedrosa, divulgou no seu blog nesta quinta-feira (24) imagens que, segundo ele, seriam cópias da agenda do doleiro Fayed Trabouse, líder de uma quadrilha que fraudava fundos de previdência. Nas imagens constam os nomes do candidato a deputado estadual, Eduardo Siqueira Campos, do deputado federal e candidato a senador Eduardo Gomes, e também do ex-presidente do Igeprev, Rogério Villas Boas.
Segundo o jornalista, “as campanhas eleitorais começam a esquentar com documentos, fitas de vídeos e áudios, feitos pela Polícia Federal em operações deflagradas a toque de caixa para abastecer o jogo político que se define em outubro”.
Conforme Mino Pedrosa, uma grande operação da Polícia Federal será deflagrada antes do dia 05 de outubro para pegar os tubarões que atuam no esquema de fundo de previdência.“Toda a agenda do doleiro apreendida pela PF, será divulgada por esta coluna”, avisa o jornalista.
Esta semana, após três meses de “licença” a delegada Andrea Pinho, que deflagrou a Operação Miquéias, Lava Jato e investigava a participação do ex-presidente Lula no mensalão denunciado por Marcos Valério, foi afastada das operações e atualmente prepara relatórios nos inquéritos instaurado por ela.
Lista de propinas
As imagens, que seriam da agenda do doleiro, mostram uma lista de pagamentos de propinas que tiram sido feitas a Eduardo Siqueira Campos, Eduardo Gomes e ao ex-gestor do fundo de previdência do Estado, Rogério Villas Boas.
Eduardo Siqueira foi presidente do Conselho Administrativo do Igeprev, onde aplicações foram feitas em desacordo com as normas e resoluções do Banco Central, gerando prejuízos já mensurados pelo Ministério da Previdência da até agosto de 2012 na ordem de R$ 342 milhões, assim divididos: em agosto de 2012, prejuízos de R$ 153,6 milhões com o BVA (liquidado), R$ 143 milhões no Diferencial (liquidado pelo Banco Central) e R$ 46 milhões no FIDC Trendbank, administrado pelo banco Cruzeiro do Sul (também liquidado).
Os valores supostamente recebidos
Na primeira anotação, feita à mão, aparece a inscrição: “Eduardo Gomes – Deve – R$ 60 mil”, seguido de uma data 19/11.
Logo abaixo, o nome “Eduardo Siqueira” aparece associado a diversos valores, que totalizam aparentemente a soma de R$ 952 mil 557.
A mesma soma aparece em outra anotação, a partir da qual vão se somando outros valores até totalizar anotação correspondente a R$ 1 milhão 415 mil, aos quais é subtraido em outra linha, R$ 900 mil, totalizando R$565,114. A estes valores é somado novamente 240, totalizando R$ 705 mil 114.
Rogério Villas Boas também figura na lista, com uma anotação que indica movimentação de valores diversos totalizando R$ 663 mil e 500.
"São rabiscos sem credibilidade", diz Eduardo
De acordo com o Portal T1 Notícias, Eduardo Siqueira disse que o assunto não merece resposta por se tratar de material que não merece credibilidade, mas apenas rabiscos e supostas anotações. “É fundamental sublinhar que eu não respondo qualquer investigação, inquérito nem tenho citação em mais de três mil páginas que embasam as investigações e que, portanto, excluem-me do referido assunto”, disse Eduardo.
Já Eduardo Gomes afirmou ao T1 Notícias que “essa divulgação já foi feita pelo jornal Nacional .Na matéria divulgada na época eu respondi com absoluta segurança de que não há nenhum tipo de envolvimento meu com propina de qualquer órgão e que todas as providências que comprovam isso foram contextualizadas em ação judicial. Então, a repercussão no momento eleitoral de um fato já divulgado, me deixa com a mais absoluta tranquilidade de que sou candidato a senador em plenas condições legais, sem nenhuma ação ajuizada contra mim, nenhuma investigação e nenhum tipo de processo."
Saiba quem é Mino Pedrosa
Mino Pedrosa é um dos jornalistas mais polêmicos de Brasília. Há quem ainda o considere repórter investigativo, outros o tratam como lobista e há ainda aquelas que usam qualificações impublicáveis. Em seu currículo, consta um dos maiores furos de reportagem da história da imprensa brasileira. Foi ele quem, em 1992, revelou a história do motorista Eriberto França, que selou o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. É da sua lavra também a revelação de um escândalo de grampos clandestinos, que abateu Antônio Carlos Magalhães. Em 2004, Mino estava afastado das redações. Era assessor do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Foi ele quem fez circular entre algumas redações a fita em que Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil, pede propina ao bicheiro, no primeiro escândalo do governo Lula.
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