Pelo menos oito assaltos foram registrados nos últimos meses.
Imirante Imperatriz
08/07/2014 às 17h01 - Atualizado em 08/07/2014 às 19h53
Foto: João Rodrigues
Mariano Dias, diretor sindical.
IMPERATRIZ – Cerca de 35 mil mercadorias, incluindo documentos, correspondências, chegam na Central de Distribuição dos Correios em Imperatriz. De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da ECT, Marianos Dias, oito ocorrências de assaltos foram registradas pelos funcionários que fazem a entrega dessas mercadorias, de carro.
Os entregadores, também, são motoristas e andam sozinhos. Eles, geralmente, são interceptados pelos bandidos, que os obrigam a mudar a rota. Além da carga, alguns tiveram objetos pessoais roubados.
“Eles levam tudo, fazem ameaça, só nunca houve violência física. Mas tiram os trabalhadores da rota, os deixam de olhos vendados e, além do risco de vida e do trauma aos funcionários, estão causando prejuízo aos Correios. É a empresa que faz o ressarcimento ou indenização do cliente e os Correios pagam caro por isso”, disse Mariano Dias.
O problema, segundo o diretor, tem relação direta com a situação dos trabalhadores.
“Os Correios deixam de remunerar melhor os seus trabalhadores e de contratar novos funcionários. De abril a maio é o período de receber a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), ainda não recebemos. Essa deve ser uma justificativa para a diminuição do lucro”, acrescentou.
Agências dos Correios
De acordo com o sindicato, os assaltos às agências dos Correios também são cada vez mais comuns. Por último, a cerca de dois meses, a agência da Avenida Bernardo Sayão foi o alvo dos bandidos.
“Tem agência que já foi assaltada duas vezes em um mês. É o chamado ‘sapatinho’. Pegaram o funcionário na sua residência, levaram sua família, é um sequestro até que o dinheiro seja entregue. Isso causa um enorme transtorno psicológico, tem funcionário pedindo as contas, não podemos ser reféns da bandidagem”, relatou.
O diretor do sindicato dos trabalhadores dos Correios informou que vai procurar a Polícia Militar e solicitar uma audiência com o secretário de Segurança Pública, em São Luís. Ele ainda deu algumas orientações quanto às denúncias para auxiliar no combate a esse tipo de crime.
“Nossos colegas andam sozinhos, se você perceber mais de uma pessoa nos carros dos Correios informe à polícia. Pelo visto, vamos ter que solicitar escolta armada em algumas rotas”, finalizou.
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