4 de julho de 2014 - Folha do Bico
Da Web
Um grupo com cerca de 250 indígenas das tribos Ka’apor, Awa-Guajá e Guajajara permanece acampado às margens da rodovia BR-316 no trecho que liga os municípios de Araguanã e Nova Olinda, no Maranhão. Os indígenas exigem a presença de representantes de algumas entidades, em especial, da Fundação Nacional do Índio (Funai) para discutir a retirada imediata, por parte da Funai, dos madeireiros que estão ocupando suas terras, além da instalação de um posto de vigilância dentro da Terra Indígena Alto Turiaçu. “Nosso território está invadindo, explorado. Não dá mais pra vivermos assim”, diz Irakadju Ka’apor, liderança da comunidade.
Na manhã desta quinta-feira (3), os índios bloquearam a rodovia. O protesto provocou um longo engarrafamento nos dois sentidos da via. Os índios denunciam a ausência de políticas públicas voltadas à educação e saúde para os povos indígenas no Estado.
De acordo com o Conselho Indígena Missionário (Cimi), a instalação dos postos de vigilância na Terra Indígena foi determinada pela Justiça Federal, que havia estipulado a conclusão das obras até junho. “Somos ameaçados o tempo inteiro pelos madeireiros e corremos risco de morte. A Funai tem que colocar um posto de segurança aqui na reserva. Faz muito tempo que queremos e pedimos apoio, mas não temos”, diz Irakadju Ka’apor.
Em janeiro deste ano, um grupo de 10 Ka’apor foi atacado enquanto realizava abertura de trilhas nos limites do território Alto Turiaçu, para a autovigilância e proteção. Segundo o Cimi, tiros atingiram as costas e pernas de dois jovens Ka’apor. (G1 MA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários geram responsabilidade. Portanto, não ofenda, difame ou dscrimine. Gratos pela contribuição.