BRASÍLIA - Após 30 dias da reunião do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), em Brasília, em que as autoridades estaduais de defesa agropecuária criticaram a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), por ter proibido a entrada de aves vivas de outros estados no Pará, nada foi feito para reverter a questão. O próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitiu laudo de fiscalização em que contesta a decisão isolada da Adepará, afirmando que não há comprovações da necessidade do impedimento do ingresso das aves vivas no estado.

A Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) informou ao site Norte Agropecuário que o Estado aguarda posicionamento do Pará.

Principalmente no interior do Pará – em cidades como Paragominas, por exemplo – é fácil constatar que o preço do frango abatido na hora apresentou elevação de preço em razão da escassez no fornecimento do produto. Com o veto às aves vivas de outros estados, um grupo de criadores paraenses foi beneficiado com a reserva de mercado e os preços se alteraram bastante.

A Adepará insiste em manter a proibição, negando-se, inclusive, a agendar reunião com a Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), para estabelecer os termos de um acordo que ponha fim à restrição, conforme definido no encontro do Fonesa. O Tocantins é o principal fornecedor de frango de corte para o Pará e as vendas foram suspensas pela Adepará em 27 de março de 2015, por meio da portaria nº 961. A portaria impede o ingresso de aves vivas, de qualquer localidade, no Pará.

Um dia após a reunião do Fonesa em Brasília (ocorrida dias 15 e 16/06), o Governo do Estado do Tocantins havia emitido nota informativa em seu site na internet, em que explicava a orientação do Fonesa para que os governos do Pará e do Tocantins solucionassem logo a questão. (Com informações do Notícias Agrícolas)