Promessa de campanha de 2009 de Obama, porém, ainda pode esbarrar no Congresso
27 jul 2015
07h32
atualizado às 08h47 - De Terra (Reprodução)
O plano elaborado pelos Estados Unidos para fechar a prisão militar da
baía de Guantánamo, em Cuba, prevê a transferência de dezenas de
detentos considerados muito perigosos para cadeias americanas, disse
neste domingo (26) uma assessora em contraterrorismo do presidente
americano, Barack Obama.
Lisa Monaco, uma das principais assessoras de Obama, afirmou que o EUA
estão em fase de conclusão dos preparativos para a transferência de 52
detentos para outros países. O plano prevê, ainda, que os demais
prisioneiros sejam enviados para prisões militares nos EUA, para serem
julgados ou mantidos presos, sublinhou a assessora.
Cerca de 116 pessoas permanecem detidas em Guantánamo, muitas delas por
mais de uma década sem julgamento ou acusação formal. Com o plano,
Obama tenta cumprir a promessa feita ao chegar à Casa Branca, em janeiro
de 2009, de fechar a prisão em território cubano.
A ideia deve enfrentar resistência no Congresso, de maioria
republicana. Mas o entrave dos parlamentares não impediu que 28 detidos
deixassem a prisão em 2014 em direção ao Cazaquistão, Uruguai, Geórgia,
Omã e Eslováquia.
De acordo com a Casa Branca, o plano que está sendo implementado
incluirá o estabelecimento de "protocolos de segurança" para a
transferência de prisioneiros. Washington descartou enviar dezenas de
iemenitas de volta ao seu país de origem por conta da guerra que
acontece atualmente no território.
Os EUA temem que muitos dos suspeitos libertados voltem a praticar
crimes. Entre os detentos, 64 são considerados "muito perigosos" para
serem libertados. A prisão de Guantánamo foi aberta pelo ex-presidente
George W. Bush após os ataques de 11 de setembro de 2001.
Deutsche Welle
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