Carlos Madeiro / Do UOL, em São Luís04/10/201414h51
A Polícia Militar e a Força Nacional estão realizando operações, neste sábado (4), em São Luís, para garantir a segurança na cidade, às vésperas da eleição. O clima na capital maranhense ainda é de medo após a onda recente de ataques. Foram 19 casos registrados.
O início da onda de ataques ocorreu entre os dias 20 e 22, quando oito ônibus foram incendiados e outros oito veículos foram atacados em vários bairros da capital maranhense.
Na quarta-feira (1), dois ônibus foram incendiados por criminosos nos bairros Recanto dos Vinhais e Piquizeiro. A última tentativa de ataque ocorreu na quinta-feira, na avenida dos Africanos, mas os criminosos não conseguiram incendiar o veículo.
Também na quinta-feira, os rodoviários aceitaram a proposta de reforço na segurança, em acordo com o governo, e recolocaram os ônibus nas ruas, após paralisação no dia anterior.
O UOL acompanhou uma das operações na manhã deste sábado, na avenida Daniel De Latouche, bairro Cohama, periferia de São Luís. Segundo a polícia, há ações em todas as regiões da cidade, a fim de conter novos ataques.
Em menos de cinco minutos, os policiais montaram a barreira e pararam o ônibus com destino a um shopping da cidade. As mulheres foram revistadas dentro do ônibus e tiveram suas bolsas abertas. Já os homens foram obrigados a descer e colocar as mãos na lataria. Todos foram revistados.
"É uma segurança pra gente essas blitze. É importante e desde quinta não tivemos mais nenhum caso, está tudo calmo", disse o motorista do ônibus, que pediu preferiu não revelar a identidade.
A polícia pediu para que não houvesse entrevista ou exposição de nome dos passageiros.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, há um reforço do policiamento na região metropolitana de São Luís, mas não informou o número de efetivo. Homens da Força Nacional de Segurança patrulham a capital desde segunda-feira (29), a pedido do governo do Estado.
Porém, o UOL não conseguiu localizar nenhum carro de policiais da Força na capital desde a quinta-feira.
A polícia diz que os ataques foram ordenados por presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, que há quase um ano vive uma crise devido a brigas entre líderes de facções criminosas e falta de controle do Estado. (Com informações de Aliny Gama, de Maceió)
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