Em 20/08/2015 às 18h14 - ANDRÉ RICHTER/AGÊNCIA BRASIL/IMIRANTE (REPRODUÇÃO)
Ainda não há previsão para que o julgamento seja iniciado.
BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou, nesta quinta-feira (20), ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. São as primeiras denúncias contra parlamentares investigados na Operação Lava Jato.
Entre as acusações contra, Cunha está um depoimento de um dos delatores da Lava Jato.
Em julho, Júlio Camargo – ex-consultor da empresa Toyo Setal – informou ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato na primeira instância, que Eduardo Cunha pediu US$ 5 milhões em propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado.
No caso de Collor, as investigações indicam que o parlamentar recebeu cerca de R$ 26 milhões de propina em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Collor, também, foi alvo da Operação Politeia, fase da Lava Jato que apreendeu três carros de luxo na Casa da Dinda, residência particular do ex-presidente. Na ocasião, a PF encontrou uma Lamborghini, uma Ferrari e um Porsche.
Com a denúncia, caberá ao ministro Teori Zavascki analisar se as provas apresentadas são suficientes para abertura de ação penal contra os acusados. Ainda não há previsão para que o julgamento seja iniciado.
Segundo o MPF, a denúncia feita contra o senador Collor está sob sigilo já que as informações são fruto de delação que ainda são sigilosas.
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