18/12/2014 - 21h34m - De Bico 24h
Redação
Técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) identificaram um surto da doença de Chagas aguda em moradores da zona rural de Axixá do Tocantins, ocasionado provavelmente pela ingestão de alimento contaminado. O surto ocorreu em outubro deste ano e foi confirmado depois do diagnóstico da doença em quatro pessoas de uma mesma família, que possivelmente tenham contraído a doença através do consumo de batida de bacaba, conforme investigação epidemiológica. Outros moradores da região, entre eles vizinhos da família que contraiu a doença, estão aguardando resultado de exames.
Segundo a gerente do Núcleo de Doença de Chagas, Anália Gomes, a região onde o surto foi identificado possui flora com características que facilitam a presença do barbeiro, inseto que transmite o protozoário Trypanosoma cruzi, causador do agravo.
Investigação epidemiológica
Em investigação in loco, técnicos da Sesau capturaram barbeiros em palmeiras de macaúba e de babaçu. A técnica do Núcleo de Doença de Chagas da Sesau Iza Alencar explica que de acordo com o relato dos pacientes diagnosticados, a batida de bacaba pode ter sido a provável causa da contaminação. Todos eles já estão recebendo acompanhamento médico.
“Provavelmente no momento do preparo, algum barbeiro ou fezes deste acabaram sendo triturados junto com a polpa da bacaba”, acrescenta Iza, explicando que a palmeira da bacaba, assim como outras palmeiras típicas da região, são ambientes naturais de moradia de barbeiros.
Em investigação in loco, técnicos da Sesau capturaram barbeiros em palmeiras de macaúba e de babaçu. A técnica do Núcleo de Doença de Chagas da Sesau Iza Alencar explica que de acordo com o relato dos pacientes diagnosticados, a batida de bacaba pode ter sido a provável causa da contaminação. Todos eles já estão recebendo acompanhamento médico.
“Provavelmente no momento do preparo, algum barbeiro ou fezes deste acabaram sendo triturados junto com a polpa da bacaba”, acrescenta Iza, explicando que a palmeira da bacaba, assim como outras palmeiras típicas da região, são ambientes naturais de moradia de barbeiros.
O último surto identificado da doença foi registrado em 2011, com casos registrados em Ananás e Wanderlândia, além de casos importados de um estado vizinho identificados em Tocantinópolis.
Diagnóstico
Entre os sintomas característicos da fase aguda da doença estão a febre prolongada (mais de sete dias); inchaço no rosto, pernas ou corpo todo; dor de cabeça; dor nas pernas ou no corpo todo; manchas vermelhas; falta de fome e fraqueza intensa. Se transmitida via oral, também são comuns dores no estômago, vômitos, diarréia e hemorragias. Devido à inflamação no coração, também pode ocorrer aceleração dos batimentos do coração, falta de ar intensa, tosse e acúmulo de água nas membranas do coração ou pulmões. Anália explica ainda que, havendo picada do barbeiro é comum o aparecimento de uma lesão semelhante a um furúnculo no local da picada.
Entre os sintomas característicos da fase aguda da doença estão a febre prolongada (mais de sete dias); inchaço no rosto, pernas ou corpo todo; dor de cabeça; dor nas pernas ou no corpo todo; manchas vermelhas; falta de fome e fraqueza intensa. Se transmitida via oral, também são comuns dores no estômago, vômitos, diarréia e hemorragias. Devido à inflamação no coração, também pode ocorrer aceleração dos batimentos do coração, falta de ar intensa, tosse e acúmulo de água nas membranas do coração ou pulmões. Anália explica ainda que, havendo picada do barbeiro é comum o aparecimento de uma lesão semelhante a um furúnculo no local da picada.
“Como é muito comum encontrar barbeiros naquela região, é importante que os profissionais de saúde fiquem atentos à associação desses sintomas para que os exames necessários sejam solicitados para confirmação rápida da doença e início do tratamento, que é gratuito”, enfatiza Anália, acrescentando que a medicação necessária só está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Vetor
“Para haver a cadeia de transmissão da doença de Chagas, três condições são suficientes. A primeira é que o vetor esteja presente, a segunda que esteja contaminado pelo Tripanosoma cruzi e a terceira, que as pessoas entrem em contato com as fezes do vetor, meio pelo qual as pessoas podem se infectar”, alerta Anália.
A maioria das espécies de barbeiro vive em ambiente silvestre associados à fauna ou flora local mas que pode se tornar domiciliada. O barbeiro deposita, em geral, seus ovos em folhas de palmeiras ou lenha, que retiradas do habitat natural podem facilitar a introdução do inseto nos domicílios. A infecção do barbeiro acontece no momento da sucção de sangue de algum animal reservatório do protozoário T. cruzi.
“Para haver a cadeia de transmissão da doença de Chagas, três condições são suficientes. A primeira é que o vetor esteja presente, a segunda que esteja contaminado pelo Tripanosoma cruzi e a terceira, que as pessoas entrem em contato com as fezes do vetor, meio pelo qual as pessoas podem se infectar”, alerta Anália.
A maioria das espécies de barbeiro vive em ambiente silvestre associados à fauna ou flora local mas que pode se tornar domiciliada. O barbeiro deposita, em geral, seus ovos em folhas de palmeiras ou lenha, que retiradas do habitat natural podem facilitar a introdução do inseto nos domicílios. A infecção do barbeiro acontece no momento da sucção de sangue de algum animal reservatório do protozoário T. cruzi.
Situações de possível de exposição transmissão oral da doença de Chagas
Ingestão das fezes ou dos triatomíneos infectados, na hipótese de que sejam processados ou beneficiados junto com alimentos, como frutos de palmeiras da região amazônica brasileira;
Ingestão de carne crua ou mal cozida de mamíferos (reservatórios do protozoário), como tatu, macacos e outros animais;
Consumo de sangue de animais reservatórios, que teria uma função terapêutica, segundo a crença de alguns grupos indígenas na Amazônia;
Contaminação dos utensílios usados para a preparação dos alimentos vegetais ou carnes contaminadas.
Ingestão de carne crua ou mal cozida de mamíferos (reservatórios do protozoário), como tatu, macacos e outros animais;
Consumo de sangue de animais reservatórios, que teria uma função terapêutica, segundo a crença de alguns grupos indígenas na Amazônia;
Contaminação dos utensílios usados para a preparação dos alimentos vegetais ou carnes contaminadas.
Outros meios de transmissão
Via vetorial: a infecção ocorre por contato com excretas de barbeiros contaminados pelo T. cruzi, através da pele lesada ou de mucosas, durante ou logo após o barbeiro estar sugando o sangue;
Via transfusional/transplante: passagem do T. cruzi por transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados;
Via vertical (de mãe para filho): passagem de T. cruzi de mulheres chagásicas para seus bebês durante a gestação ou o parto;
Via acidental: contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado (sangue de doentes, excretas de barbeiros, animais reservatórios) durante manipulação em laboratório, quando não são adequadamente usados os equipamentos de proteção individual.
Via transfusional/transplante: passagem do T. cruzi por transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados;
Via vertical (de mãe para filho): passagem de T. cruzi de mulheres chagásicas para seus bebês durante a gestação ou o parto;
Via acidental: contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado (sangue de doentes, excretas de barbeiros, animais reservatórios) durante manipulação em laboratório, quando não são adequadamente usados os equipamentos de proteção individual.
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