21 maio 2015

Tocantins fará parte da série de capacitações de instrutores do SENAR em tecnologia de baixa emissão de carbono que começa em junho

Em 19/05/2015 - 11h04m - De Bico24h (Reprodução)

Assessoria de Comunicação do Sistema FAET/SENAR Tocantins

O Projeto Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) está cada vez mais próximo do produtor rural. Uma reunião com a missão técnica do Banco Mundial para a avaliação das ações do projeto, que começou nesta segunda-feira, 18, na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), em Brasília, definiu que as capacitações dos instrutores e dos produtores rurais nas tecnologias de baixa emissão de carbono começarão em junho e agosto, respectivamente. No encontro, que se estende até quarta-feira, 20, também está sendo acertado para agosto de 2016 o início da assistência técnica que o SENAR vai levar aos produtores dos 8 Estados participantes do Projeto ABC Cerrado, que inclui o Tocantins.

Os outros Estados atendidos serão Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Bahia, Piauí, Minas Gerais e o Distrito Federal, num período de três anos, com a promoção de quatro processos tecnológicos: recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema de plantio direto e florestas plantadas.

Além das duas entidades, participam da reunião representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Embrapa, parceiros do projeto. A abertura contou com a presença do secretário-executivo do SENAR, Daniel Carrara, do especialista em Desenvolvimento Rural do Banco Mundial, David Tuchschneider, do chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Fernando do Amaral Pereira e do coordenador do Mapa, Sidney Medeiros.

“Levando ao produtor rural as práticas de agricultura de baixo carbono, com a assistência técnica e gerencial do SENAR, esperamos impulsionar a produtividade e a renda da classe “C” rural” afirmou Daniel Carrara.

Para David Tuchschneider, o ABC Cerrado é um projeto estratégico e uma das iniciativas mais audaciosas dentro do que ele considera um movimento de “agricultura inteligente” no mundo. “O ABC Cerrado significa uma oportunidade de aprendizagem para o Banco Mundial. O propósito dessa missão é discutir como antecipar algumas ações para que possamos cumprir com os objetivos do projeto”. Ele destacou ainda que o êxito do projeto deverá ser medido a partir de uma avaliação de impacto bem feita, algo que não acontece no Brasil e nem na maioria dos países.

O chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Fernando do Amaral Pereira, que a instituição está reformatando processos de capacitação internos para promover mudanças e atender as demandas do setor rural e da sociedade brasileira. “Estamos motivados com as novas diretrizes do projeto ABC Cerrado. A ideia é aproveitarmos essa oportunidade para realinhar processos e tornar as ações mais efetivas”.

Projeto ABC Cerrado

Ação conjunta do SENAR, do Ministério da Agricultura e da Embrapa, o Projeto ABC Cerrado pretende incentivar e difundir a adoção de práticas sustentáveis para a redução das emissões de gases de efeito estufa e sensibilizar o produtor para que ele invista na sua propriedade de forma a ter retorno econômico mantendo o meio ambiente preservado. O SENAR será responsável pela formação profissional dos produtores nas tecnologias e pela assessoria em campo, com recursos do Programa de Investimentos em Florestas (FIP, sigla em inglês) – via Banco Mundial, que doou US$ 10,6 milhões para a execução do projeto.

O projeto prevê a realização de seminários de sensibilização e divulgação nos estados participantes, capacitação de produtores e gerentes de propriedades e instrutores do SENAR e, ainda, treinamento dos técnicos que atuarão na assessoria em campo para os produtores. Ao todo, 12 mil produtores rurais vão receber capacitação e desse total, 1.600 propriedades, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul terão, também, terão assistência técnica. Esses estabelecimentos terão o compromisso de executar uma das tecnologias aprendidas que serão transformadas em cases de estudo e vitrines tecnológicas.

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