Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 23, no Tocantins e em Goiás, Alagoas, Minas Gerais e Distrito Federal, a 'Lapa da Pedra', para desarticular uma organização criminosa que cometia fraudes contra o Instituto Nacional de seguridade Social (INSS); cerca de 300 policiais federais e 60 servidores da Previdência Social cumprem 78 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão temporária e 70 de condução coercitiva na Capital Palmas e nas cidades de Formosa (GO), Goiânia (GO), Maceió (AL), Uberlândia (MG), Buritis (MG); esquema poderia causar um rombo de R$ 170 milhões nas contas da previdência
De Brasil 247 - Em 23 de Junho de 2015 às 09:11
Tocantins 247 - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 23, no Tocantins e em Goiás, Alagoas, Minas Gerais e Distrito Federal, a 'Lapa da Pedra', para desarticular uma organização criminosa que cometia fraudes contra o Instituto Nacional de seguridade Social (INSS).
Segundo informações da PF, cerca de 300 policiais federais e 60 servidores da Previdência Social cumprem 78 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão temporária e 70 de condução coercitiva nas cidades de Formosa (GO), Goiânia (GO), Palmas (TO), Maceió (AL), Uberlândia (MG), Buritis (MG). O esquema poderia causar um rombo de R$ 170 milhões nas contas da previdência.
De acordo com polícia, o esquema criminoso fraudou a concessão de benefícios previdenciários em R$ 37 milhões. Inicialmente, as investigações identificaram fraudes em 51 benefícios, totalizando R$ 6 milhões. Posteriormente, o esquema atingiu 400 benefícios, totalizando R$ 31 milhões em fraudes. Com isso, segundo cálculos da PF, se todos os fraudadores recebessem seus benefícios indevidamente até a expectativa de vida de cada um, o prejuízo poderia chegar a cerca de R$ 170 milhões.
Segundo as investigações, o grupo, que contava com apoio de servidores públicos da Previdência Social, pode estar agindo há mais de dez anos. Eles fraudavam benefícios urbanos e rurais a partir da inclusão de dados falsos em sistemas previdenciários, possibilitando a concessão de benefícios a quem não tinha direito.
"Na área rural, [os suspeitos] concediam benefícios, por vezes, com auxílio de declarações falsas do Sindicato Rural local. Todo o esquema criminoso contava com apoio de despachantes, contadores, empresários, atravessadores junto ao INSS, podendo ter a participação de advogados", diz nota da PF.
A partir da Operação Lapa da Pedra, a Agência da Previdência Social do município goiano de Formosa passará por intervenção administrativa para que seja feita a revisão de todos os trabalhos e concessões de benefícios com suspeita de fraude. Caso seja confirmada a fraude, os beneficiáros flagrados terão os benefícios extintos, terão que devolver os valores recebidos indevidamente, além das sanções penais.
Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, falsificação previdenciária, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa.
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