Publicado há 11 meses - em 8 de junho de 2015 » Atualizado às 11:29 - de geledes.org.br (Reprodução)
Categoria » Patrimônio Cultural
Quando se fala na contribuição que os negros deram à civilização e à
cultura brasileira, dificilmente se pensa de imediato em artes
plásticas. Em geral, o que vem à lembrança é a música, em primeiro
lugar, e fenômenos a ela relacionados, como os desfiles de escola de
samba, o carnaval e outras manifestações.
por Negro Jorgen no Mamapress
Depois disso, talvez se mencionem obras arquitetônicas e esculturais do Brasil Colônia e, mais recentemente, talvez se fale em literatura, por se levarem em conta as origens negras ou mestiças de escritores como Machado de Assis ou Mário de Andrade. No entanto, não são tão poucos os brasileiros negros que se dedicaram à pintura, nem é pequeno o valor artístico de sua produção pictórica.
Suas obras têm sido resgatadas pelo artista plástico e museólogo Emanoel Araújo, desde o centenário da abolição da escravatura, em 1988, com a exposição “A Mão Afro Brasileira”, e teve continuidade com a mostra “Negros Pintores”, que se inaugurou no Museu Afro Brasil, em São Paulo (SP), em agosto de 2008.
Dez artistas
Nela, reuniram-se 140 pinturas de 10 artistas atuantes entre a segunda metade do século 19 e as primeiras décadas do século 20. O período em questão, na verdade, ainda não mereceu maior atenção dos estudiosos e historiadores da arte. Ao contrário, Emanoel Araújo ressalta “os maus tratos, a ignorância e a insensibilidade com que se trata no Brasil a história e a memória iconográfica” dessa época.
“Durante muito tempo”, diz o museólogo, “pouco se sabia sobre esses pintores, pouco se conhecia de sua produção artística”. “Na verdade, essas obras ainda surpreendem quando aparecem no mercado de arte”, ele acrescenta, lembrando “a necessidade de uma política de revisão para resgatar em profundidade essa produção artística”.
De qualquer modo, dez artistas já passaram a ter seus nomes inscritos, definitivamente, na história da arte no Brasil. “A vida de cada um deles”, conta Araújo, “foi uma interminável batalha, um grande esforço pessoal, de uma tenacidade inimaginável, pela afirmação e reconhecimento de suas obras”. “O fato de seus nomes permanecerem já credencia a raça negra ao reconhecimento da nação pela sua contribuição à construção da cultura brasileira”, conclui.
Arthur Timótheo (1882-1922)
Estudou na Casa da Moeda do Rio de Janeiro e, posteriormente, na Escola Nacional de Belas Artes. Foi pintor de paisagens e figuras, destacando-se entre essas nus e retratos. Algumas de suas paisagens impressionam pela textura, pela luminosidade e pela intensidade do colorido. Esteve na Europa onde manteve contatos artísticos que o influenciaram.
Com o irmão João Timóteo da Costa, Arthur iniciou-se como aprendiz da Casa da Moeda. No livro Pinturas & pintores do Rio Antigo, Donato Mello Júnior informa que “muito contribuiu, no início da sua carreira, a vivência com o cenógrafo italiano Oreste Coliva“.
Ingressou na Escola Nacional de Belas Artes em 1894, como aluno livre, tendo sido orientado por Zeferino da Costa, Rodolfo Amoedo e Henrique Bernardelli. Em 1907, conquistou o prêmio de viagem à Europa na Exposição Geral de Belas Artes, seguindo então para Paris. Com o irmão João Timótheo e os irmãos Carlos Chambelland e Rodolfo Chambelland, participou em 1911 dos trabalhos de decoração do pavilhão brasileiro da Exposição Internacional de Turim, na Itália.
Benedito José Tobias (1894-1963)
O artista é mais conhecido pelos pequenos retratos de negros e negras realizados a óleo sobre madeira ou a guache sobre papel, “com maestria e com uma certa tensão expressionista”, segundo avaliação de Emanoel Araujo. Tobias tem obra pouco pesquisada ainda, apesar da qualidade e do empenho do artista em desenvolver a técnica pictórica.
Benedito José de Andrade (1906-1979)
Pouco conhecido ainda, o artista paulista realizou obras entre as décadas de 30 e 40. Freqüentou o Liceu de Artes e Ofícios, sendo aluno de Viggiani, Panelli e Enrico Vio. Recebeu vários prêmios e está inserido historicamente numa circunstância de intensa produção artística.
Emmanuel Zamor (1840-1917)
Nasceu em Salvador, mas foi criado nas Europa pelos franceses Pierre Emmanuel Zamor e Rose Neveu, seus pais adotivos. Estudou música e desenho na Europa. Foi pintor e cenógrafo. Freqüentou a Academie Julian, em Paris, anos antes de Tarsila do Amaral. Voltou ao Brasil entre 1860 e 1862, quando parte de suas obras foi destruída em um incêndio no Brasil.
Estevão Silva (1845-1891)
Foi o primeiro pintor negro a se formar na Academia Imperial de Belas Artes e pode ser considerado um dos melhores pintores de natureza morta do século 19. Realizou igualmente pinturas históricas, religiosas, retratos e alegorias. A crítica ressalta a qualidade das composições do artista, realizadas com prodigalidade de vermelhos, amarelos e verdes.
Iniciou seus estudos na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde foi contemporâneo dos pintores Almeida Júnior, Rodolfo Amoedo, Belmiro de Almeida, Antônio Firmino Monteiro e do escultor Rodolfo Bernardelli. Foi muito influenciado por Agostinho José da Mota, destacado pintor de naturezas-mortas, com quem teve aulas na Academia. Especializou-se na pintura de frutos e flores, que constitui parte substancial de sua obra.
Na década de 1880, liga-se ao Grupo Grimm, identificando-se com a proposta inovadora de seus membros à época: o estudo da natureza através da observação direta e a pintura ao ar livre. Não chegou, entretanto, a romper com os padrões estéticos da Academia. Além de naturezas-mortas, executou alguns retratos (como o do pintor Castagneto) e pinturas de temas históricos (A Lei de 28 de setembro), religiosos (São Pedro) e alegóricos (A Caridade), entre outros.
Firmino Monteiro (1855 – 1888)
Nasceu em Niterói, Rio de Janeiro e teve infância atribulada. Exerceu várias profissões: encadernador, caixeiro e tipógrafo. Cursou a Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Victor Meireles. Sua reputação se deve à pintura histórica e de gênero, mas executou pintura religiosa e principalmente paisagens.
Menino pobre, cedo teve de trabalhar como caixeiro, encadernador e tipógrafo. Assim seus estudos de arte tiveram um início tardio. Estudou na Academia Imperial, onde teve como mestres Vítor Meireles, Agostinho José da Mota, Pádua e Castro e Zeferino da Costa.
Pintava principalmente paisagens e cenas pitorescas do Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX. Uma de suas poucas viagens ocorreu em abril de 1880, quando foi à Europa com a ajuda do Imperador Pedro II. Voltou pouco depois para concorrer à cadeira de Paisagem, Flores e Animais da Academia, mas classificou-se em segundo lugar, perdendo para Leôncio Vieira.
Participava do meio artístico da época, tendo se apresentado nas Exposições Gerais de Belas Artes dos anos de 1879 e 1884. Recebeu, na primeira, uma Segunda Medalha de Ouro e, na seguinte, a comenda de Cavaleiro da Ordem da Rosa, por uma participação que incluía O Vidigal, Um vendedor de balas e jornais, Fósforos!, Camões no seu leito de morte e várias paisagens.
João Timótheo (1879-1932)
Artista de produção numerosa (deixou cerca de 600 obras), iniciou o aprendizado na Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Pintor, decorador e gravador, realizou paisagens, retratos, marinhas, pintura histórica e de costumes. Foi aluno de mestres como Rodolfo Amoedo e Zeferino da Costa.
Irmão do pintor Artur Timóteo da Costa, com ele trabalhou como aprendiz da Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Ingressou na Escola Nacional de Belas Artespor volta de 1894, sendo ali orientado por Rodolfo Amoedo, Zeferino da Costa e Daniel Bérard.
Participou diversas vezes da Exposição Geral de Belas Artes a partir de 1906, na qual conquistou, entre outros prêmios, a pequena medalha de ouro.
Com o irmão Arthur e os irmãos Carlos Chambelland e Rodolfo Chambelland, em 1911 trabalhou na decoração do pavilhão brasileiro da Exposição Internacional de Turim, na Itália, permanecendo na Europa por mais de um ano.
É de sua autoria a decoração da sede do Fluminense Futebol Clube, do salão nobre do atual Palácio Tiradentes e do Hotel Copacabana Palace, todos no Rio de Janeiro.
Morreu, como seu irmão Artur, no Hospício dos Alienados do Rio de Janeiro no dia 20 de março de 1932. Saiba mais sobre os dois irmãos que tiveram o mesmo triste fim, em Negritude no Hospício
Horácio Hora (1853-1890)
Nasceu em Sergipe, onde fez os primeiros estudos. Viajou à Europa com subsídio do governo imperial. Em Paris, tornou-se freqüentador habitual do Louvre. Ganhou vários prêmios. Especializou-se em retratos, mas o trabalho considerado sua obra prima é a tela “Pery e Cecy”, inspirada na literatura de José de Alencar.
Antonio Rafael Pinto Bandeira (1863-1896)
Nasceu em (Niterói, 9 de março de 1863 – Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1896) foi um pintor e professor brasileiro da segunda metade do século XIX.
Descendente de escravos, Antônio Rafael Pinto Bandeira ingressou na Academia Imperial de Belas Artes aos dezesseis anos. Entre 1879 e 1884, foi discípulo de Zeferino da Costa. Em 1887, Pinto Bandeira muda-se para Salvador, onde permaneceu por vários anos. Na capital baiana, foi professor de desenho e paisagem do Liceu de Artes e Ofícios. Em 1890, retorna à sua cidade natal, onde tenta, em vão, fundar uma “Escola de Belas Artes”. É considerado um dos maiores paisagistas e marinhistas brasileiros do século XIX.
Wilson Tibério (1923-2005)
Nasceu no Rio Grande do Sul e viveu durante longo período em Paris. O distanciamento do país, segundo Emanoel Araujo, o teria levado a pintar repetidamente motivos afro-brasileiros. O artista esteve no Senegal, de onde foi expulso por se envolver num movimento revolucionário. Faleceu na França.
Edição: Marcos Romão
por Negro Jorgen no Mamapress
Depois disso, talvez se mencionem obras arquitetônicas e esculturais do Brasil Colônia e, mais recentemente, talvez se fale em literatura, por se levarem em conta as origens negras ou mestiças de escritores como Machado de Assis ou Mário de Andrade. No entanto, não são tão poucos os brasileiros negros que se dedicaram à pintura, nem é pequeno o valor artístico de sua produção pictórica.
Suas obras têm sido resgatadas pelo artista plástico e museólogo Emanoel Araújo, desde o centenário da abolição da escravatura, em 1988, com a exposição “A Mão Afro Brasileira”, e teve continuidade com a mostra “Negros Pintores”, que se inaugurou no Museu Afro Brasil, em São Paulo (SP), em agosto de 2008.
Dez artistas
Nela, reuniram-se 140 pinturas de 10 artistas atuantes entre a segunda metade do século 19 e as primeiras décadas do século 20. O período em questão, na verdade, ainda não mereceu maior atenção dos estudiosos e historiadores da arte. Ao contrário, Emanoel Araújo ressalta “os maus tratos, a ignorância e a insensibilidade com que se trata no Brasil a história e a memória iconográfica” dessa época.
“Durante muito tempo”, diz o museólogo, “pouco se sabia sobre esses pintores, pouco se conhecia de sua produção artística”. “Na verdade, essas obras ainda surpreendem quando aparecem no mercado de arte”, ele acrescenta, lembrando “a necessidade de uma política de revisão para resgatar em profundidade essa produção artística”.
De qualquer modo, dez artistas já passaram a ter seus nomes inscritos, definitivamente, na história da arte no Brasil. “A vida de cada um deles”, conta Araújo, “foi uma interminável batalha, um grande esforço pessoal, de uma tenacidade inimaginável, pela afirmação e reconhecimento de suas obras”. “O fato de seus nomes permanecerem já credencia a raça negra ao reconhecimento da nação pela sua contribuição à construção da cultura brasileira”, conclui.
Arthur Timótheo (1882-1922)
Estudou na Casa da Moeda do Rio de Janeiro e, posteriormente, na Escola Nacional de Belas Artes. Foi pintor de paisagens e figuras, destacando-se entre essas nus e retratos. Algumas de suas paisagens impressionam pela textura, pela luminosidade e pela intensidade do colorido. Esteve na Europa onde manteve contatos artísticos que o influenciaram.
Com o irmão João Timóteo da Costa, Arthur iniciou-se como aprendiz da Casa da Moeda. No livro Pinturas & pintores do Rio Antigo, Donato Mello Júnior informa que “muito contribuiu, no início da sua carreira, a vivência com o cenógrafo italiano Oreste Coliva“.
Ingressou na Escola Nacional de Belas Artes em 1894, como aluno livre, tendo sido orientado por Zeferino da Costa, Rodolfo Amoedo e Henrique Bernardelli. Em 1907, conquistou o prêmio de viagem à Europa na Exposição Geral de Belas Artes, seguindo então para Paris. Com o irmão João Timótheo e os irmãos Carlos Chambelland e Rodolfo Chambelland, participou em 1911 dos trabalhos de decoração do pavilhão brasileiro da Exposição Internacional de Turim, na Itália.
Benedito José Tobias (1894-1963)
O artista é mais conhecido pelos pequenos retratos de negros e negras realizados a óleo sobre madeira ou a guache sobre papel, “com maestria e com uma certa tensão expressionista”, segundo avaliação de Emanoel Araujo. Tobias tem obra pouco pesquisada ainda, apesar da qualidade e do empenho do artista em desenvolver a técnica pictórica.
Pouco conhecido ainda, o artista paulista realizou obras entre as décadas de 30 e 40. Freqüentou o Liceu de Artes e Ofícios, sendo aluno de Viggiani, Panelli e Enrico Vio. Recebeu vários prêmios e está inserido historicamente numa circunstância de intensa produção artística.
Nasceu em Salvador, mas foi criado nas Europa pelos franceses Pierre Emmanuel Zamor e Rose Neveu, seus pais adotivos. Estudou música e desenho na Europa. Foi pintor e cenógrafo. Freqüentou a Academie Julian, em Paris, anos antes de Tarsila do Amaral. Voltou ao Brasil entre 1860 e 1862, quando parte de suas obras foi destruída em um incêndio no Brasil.
Foi o primeiro pintor negro a se formar na Academia Imperial de Belas Artes e pode ser considerado um dos melhores pintores de natureza morta do século 19. Realizou igualmente pinturas históricas, religiosas, retratos e alegorias. A crítica ressalta a qualidade das composições do artista, realizadas com prodigalidade de vermelhos, amarelos e verdes.
Iniciou seus estudos na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde foi contemporâneo dos pintores Almeida Júnior, Rodolfo Amoedo, Belmiro de Almeida, Antônio Firmino Monteiro e do escultor Rodolfo Bernardelli. Foi muito influenciado por Agostinho José da Mota, destacado pintor de naturezas-mortas, com quem teve aulas na Academia. Especializou-se na pintura de frutos e flores, que constitui parte substancial de sua obra.
Na década de 1880, liga-se ao Grupo Grimm, identificando-se com a proposta inovadora de seus membros à época: o estudo da natureza através da observação direta e a pintura ao ar livre. Não chegou, entretanto, a romper com os padrões estéticos da Academia. Além de naturezas-mortas, executou alguns retratos (como o do pintor Castagneto) e pinturas de temas históricos (A Lei de 28 de setembro), religiosos (São Pedro) e alegóricos (A Caridade), entre outros.
Nasceu em Niterói, Rio de Janeiro e teve infância atribulada. Exerceu várias profissões: encadernador, caixeiro e tipógrafo. Cursou a Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Victor Meireles. Sua reputação se deve à pintura histórica e de gênero, mas executou pintura religiosa e principalmente paisagens.
Menino pobre, cedo teve de trabalhar como caixeiro, encadernador e tipógrafo. Assim seus estudos de arte tiveram um início tardio. Estudou na Academia Imperial, onde teve como mestres Vítor Meireles, Agostinho José da Mota, Pádua e Castro e Zeferino da Costa.
Pintava principalmente paisagens e cenas pitorescas do Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX. Uma de suas poucas viagens ocorreu em abril de 1880, quando foi à Europa com a ajuda do Imperador Pedro II. Voltou pouco depois para concorrer à cadeira de Paisagem, Flores e Animais da Academia, mas classificou-se em segundo lugar, perdendo para Leôncio Vieira.
Participava do meio artístico da época, tendo se apresentado nas Exposições Gerais de Belas Artes dos anos de 1879 e 1884. Recebeu, na primeira, uma Segunda Medalha de Ouro e, na seguinte, a comenda de Cavaleiro da Ordem da Rosa, por uma participação que incluía O Vidigal, Um vendedor de balas e jornais, Fósforos!, Camões no seu leito de morte e várias paisagens.
Artista de produção numerosa (deixou cerca de 600 obras), iniciou o aprendizado na Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Pintor, decorador e gravador, realizou paisagens, retratos, marinhas, pintura histórica e de costumes. Foi aluno de mestres como Rodolfo Amoedo e Zeferino da Costa.
Irmão do pintor Artur Timóteo da Costa, com ele trabalhou como aprendiz da Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Ingressou na Escola Nacional de Belas Artespor volta de 1894, sendo ali orientado por Rodolfo Amoedo, Zeferino da Costa e Daniel Bérard.
Participou diversas vezes da Exposição Geral de Belas Artes a partir de 1906, na qual conquistou, entre outros prêmios, a pequena medalha de ouro.
Com o irmão Arthur e os irmãos Carlos Chambelland e Rodolfo Chambelland, em 1911 trabalhou na decoração do pavilhão brasileiro da Exposição Internacional de Turim, na Itália, permanecendo na Europa por mais de um ano.
É de sua autoria a decoração da sede do Fluminense Futebol Clube, do salão nobre do atual Palácio Tiradentes e do Hotel Copacabana Palace, todos no Rio de Janeiro.
Morreu, como seu irmão Artur, no Hospício dos Alienados do Rio de Janeiro no dia 20 de março de 1932. Saiba mais sobre os dois irmãos que tiveram o mesmo triste fim, em Negritude no Hospício
Nasceu em Sergipe, onde fez os primeiros estudos. Viajou à Europa com subsídio do governo imperial. Em Paris, tornou-se freqüentador habitual do Louvre. Ganhou vários prêmios. Especializou-se em retratos, mas o trabalho considerado sua obra prima é a tela “Pery e Cecy”, inspirada na literatura de José de Alencar.
Nasceu em (Niterói, 9 de março de 1863 – Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1896) foi um pintor e professor brasileiro da segunda metade do século XIX.
Descendente de escravos, Antônio Rafael Pinto Bandeira ingressou na Academia Imperial de Belas Artes aos dezesseis anos. Entre 1879 e 1884, foi discípulo de Zeferino da Costa. Em 1887, Pinto Bandeira muda-se para Salvador, onde permaneceu por vários anos. Na capital baiana, foi professor de desenho e paisagem do Liceu de Artes e Ofícios. Em 1890, retorna à sua cidade natal, onde tenta, em vão, fundar uma “Escola de Belas Artes”. É considerado um dos maiores paisagistas e marinhistas brasileiros do século XIX.
Nasceu no Rio Grande do Sul e viveu durante longo período em Paris. O distanciamento do país, segundo Emanoel Araujo, o teria levado a pintar repetidamente motivos afro-brasileiros. O artista esteve no Senegal, de onde foi expulso por se envolver num movimento revolucionário. Faleceu na França.
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