Depois da reunião, a presidente do Sindicato dos Médicos do Tocantins (SIMED), Janice Painkow, afirmou que a paralisação permanece até que sejam pagas as faturas dos médicos em atraso. “A gente não pode admitir que o PLANSAÚDE continue atrasando e sem pagar o prestador de serviço que é o médico. Fomos bem claros com o secretário de que não vamos assumir nem a rede prestadora e nem o usuário”, desabafou.
SECAD
Para o secretário Lúcio Mascarenhas, o desequilíbrio nas contas do PLANSAÚDE foi desencadeado pela utilização do plano pelos aposentados, tendo em vista que a contribuição dos mesmos ao Instituto de Previdência do Estado (IGEPREV) não pode ser usado para pagar a despesa do PLANSAÚDE. “Os inativos (aposentados) estão no plano desde 2003. Mas a partir de 2007 não pudemos mais utilizar o dinheiro da previdência para custear a despesa do plano e isso foi a causa do desequilíbrio financeiro”, disse.
Segundo ele, a despesa mensal do PLANSAÚDE é de R$ 15 milhões, sendo que a arrecadação dos 39 mil servidores contribuintes é de R$ 13 milhões, o que deixa sempre um déficit de R$ 2 milhões. “Atualmente, no Estado, são 89 mil usuários do plano, ou seja, mais de 50% deles são dependentes. Todo servidor teria que pagar R$ 356 ao PLANSAÚDE, no entanto, o desconto varia de acordo com o percentual de seu salário”, disse. Segundo ele, a contribuição dos servidores equivale a 63% da despesa, o que complementa o valor.
Mascarenhas disse que até a próxima semana será regularizado o pagamento da pessoa física. “Pedi um prazo de 120 dias. Na prática, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em abril, vem sendo cumprido e ao fim dele todas as dívidas do PLANSAÚDE serão sanadas”, afirmou, acrescentando que mesmo em caso de paralisação dos médicos os atendimentos de urgência e emergência não podem ser suspendidos e que, se houver descumprimento, o Estado tomará as medidas judiciais cabíveis.Sobre o pedido de auditoria feito pelos sindicatos, em nota, a SECAD informou que o documento protocolado pelos sindicatos dos servidores públicos já estava em análise no setor responsável para posterior deliberação. (JT)
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