06 julho 2013

Um governo paralisado

04/07/2013
Do site do Maranhão da Gente
É impressionante o nível de entorpecimento do governo do estado do Maranhão. A paralisia já compromete o fornecimento de serviços básicos.
Quem acompanha de perto o cotidiano do governo percebeu que o início da paralisia se deu após a onda de hostilidade que a governadora Roseana Sarney passou a enfrentar em visitas pelo interior do Maranhão no mês de maio, durante as atividades do Governo Itinerante.
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De Presidente Dutra, passando por Barra do Corda, Governador Edison Lobão e até na Raposa, o governo enfrentou vaias, bate-boca, protestos e reprovação dos populares. Tudo isso antes do início da onda de protestos que tomou conta do Brasil e que chegou com tudo ao Maranhão.
Com o início nacional dos protestos, a situação se agravou para o grupo Sarney. Em Brasília, o senador José Sarney teve que sair pelos fundos do Congresso Nacional, durante um protesto que emitia gritos de guerra exigindo a devolução do Maranhão.  Em São Luís, um enorme protesto reunindo mais de 10 mil participantes chegou a tentar invadir a sede do Palácio dos Leões. Alguns dias depois, 20 mil pessoas ocuparam a ponte oficialmente batizada de José Sarney e rebatizaram-na de “Ponte Acorda Maranhão”.
Em meio a onda de protestos, o governo teve que lidar ainda com uma avalanche de escândalos denunciados na Assembleia Legislativa e na imprensa local e nacional. Convênios fantasmas, mensalão pago a aliados derrotados, reformas superfaturadas…
A onda de protestos e denúncia paralisou ainda mais o já cambaleante governo e a situação atual beira o colapso em várias áreas.
Educação: 
No início do mês de maio o secretário de Estado da Educação, Pedro Fernandes, esteve no Ministério Público Estadual  atendendo solicitação da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação de São Luís. Pedro Fernandes foi convocado para dar explicações  a situação de sucateamento das principais unidades de ensino da rede estadual, caso do Cintra e do Cegel. Nesse meio tempo, os professores do estado entraram em greve reivindicando a aprovação do estatuto do educador. Foram mais de 40 dias de greve.
Segurança Pública:
A região metropolitana de São Luís  bateu todos os recordes históricos de homicídios. Nos primeiros seis meses do ano, o índice passou da casa dos 500 mortos. Crimes que diminuíram em anos anteriores, voltaram a aterrorizar a população: estupros, sequestros relâmpagos, latrocínios…
No interior do Maranhão, a barbárie tomou conta da realidade de municípios até então pacatos.  Decapitações, linchamentos, assaltos a banco, infernizam a vida dos moradores.
Em meio a onda incontrolável de violência, a completa falta de estrutura do Sistema de Segurança. O Ministério Público já exigiu o fechamento de delegacias de vários municípios do interior, a exemplo de Barreirinhas e Vargem Grande, uma vez que os prédios ameaçam desabar, além de apresentarem superlotação. Em Pedrinhas, um preso foi encontrado morando dentro de uma Caixa D’água.
Em meio ao caos, a Polícia Militar é duplamente sacrificada pela falta de efetivo e o número de protestos e depredações que pipocam em todo o estado.  A qualquer momento os policiais podem decretar greve.
Saúde: 
Abandono e irregularidade em obras marcam a novela dos 72 hospitais que a governadora prometeu entregar em 2010. Dos 21 centros de saúde entregues até agora, pelo menos 18 apresentam algum tipo de irregularidade.
O hospital macrorregional de Coroatá, cidade onde a esposa do Secretário de Saúde, Ricardo Murad (PMDB) é prefeita, alagou por conta de uma chuva. Dias depois, a população denunciou o caso de uma criança que teve o braço amputado equivocadamente nas instalações do hospital.
Em  Matinha, o governo do estado abandonou a construção do hospital que consta como entregue. A obra está no pacote de um contrato de 19 milhões de reais que o governo do estado assinou com a empresa “fantasma” JNS Canaã, para construção de 11 hospitais.
A Revista Carta Capital destacou a eterna reforma do hospital Carlos Macieira, jogado às cobras desde 2009 e que já custou aos cofres públicos mais de 100 milhões de reais.
Em greve, a Caema enfrenta protestos de moradores de todo o Maranhão por conta da falta d`água e da obra interminável de reforma do Sistema Italuís. Em Paraibano, o prédio sede da Companhia foi incendiado.
Corrupção e improbidade se alastram em todas as esferas do governo:
Toda semana surge um novo escândalo envolvendo o governo Roseana Sarney, no palácio dos Leões, a estratégia é ignorar as denúncias e não dar satisfação à sociedade. Os escândalos envolvem desde irregularidades na contratação de obras de infraestrutura, saúde, saneamento básico, até o pagamento de mensalões a prefeitos e ex-prefeitos que respondem aos mais variados tipos de crime.

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