23 julho 2013

Médicos de dez estados devem parar nesta terça contra o governo

Associações anunciaram paralisação em razão do programa Mais Médicos.
CFM acionou Justiça para tentar suspender contratação de estrangeiros.


Médicos de dez estados decidiram entrar em greve nesta terça-feira (23) para protestar contra recentes decisões do governo federal envolvendo a categoria, como o programa Mais Médicos, que prevê a contratação de profissionais estrangeiros para atuar no interior do país. O balanço parcial das unidades da federação onde os médicos deverão suspender as atividades foi divulgado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
Mais Médicos (Foto: Editoria de Arte/G1)
Segundo a entidade, deverão aderir à paralisação profissionais do setor público e privado, incluindo planos de saúde, de Acre, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A orientação é para que o atendimento seja mantido somente em casos de urgência e emergência.
Cada associação estadual, no entanto, tem autonomia para decidir a extensão da paralisação, programada, por enquanto, somente para um dia. As entidades estaduais dos médicos pretendem parar novamente nos dias 30 e 31 de julho.
No Distrito Federal, os médicos não irão suspender as atividades, porém, os profissionais da rede pública irão vestir roupas, tarjas e laços pretos em protesto ao Executivo federal. Já os médicos do Rio de Janeiro irão decidir em assembleia na noite desta segunda (22) se aderem ao movimento.
Segundo a Fenam, os médicos fluminenses estão receosos de suspender o trabalho por conta da visita do Papa Francisco ao estado. O líder da Igreja Católica desembarcou nesta segunda ao Rio para participar da Jornada Mundial da Juventude.
A paralisação desta terça faz parte do calendário de greve estabelecido pela Fenam para registrar o descontentamento da categoria com o programa Mais Médicos e com os vetos parciais da presidente Dilma Rousseff à lei do Ato Médico, que determina atividades exclusivas aos profissionais da medicina.
De acordo com nota oficial divulgada pela Fenam, “caso não haja avanços no movimento”, a entidade poderá decretar greve por tempo indeterminado a partir de 10 de agosto, dia em que está agendada a última atividade das paralisações relâmpago.
Briga judicial
O Conselho Federal de Medicina acionou a Justiça para suspender o programa Mais Médicos, lançado neste mês pelo governo para suprir a déficit desses profissionais em regiões carentes.

FONTE:  Imirante.com / Fabiano Costa Do G1, em Brasília  - 22/07/2013 19h07 - Atualizado em 22/07/2013 19h50

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