23 agosto 2017

Nova fase da Lava Jato tem como alvo filho de ministro do TCU


Hoje às 09h25 - Atualizada hoje às 09h38 (De Jornal do Brasil - Reprodução)
Tiago Cedraz teria intermediado negociações entre empresa estrangeira e a Petrobras

Jornal do Brasil

Mais uma fase da Operação Lava Jato foi deflagada nesta quarta-feira (23) pela Polícia Federal (PF). Desde cedo, equipes da PF cumprem mandados judiciais em Brasília, Salvador e em Cotia, em São Paulo. O advogado Tiago Cedraz – filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU) – é um dos alvos de busca. Ao todo, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos na atual fase.

A 45ª fase é chamada de Abate 2. Ela é um desdobramento da 44ª fase da Lava Jato, em que foi preso o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza. A investigação segue a mesma linha de atuação criminosa revelada na última etapa.
 
Tiago Cedraz é um dos alvos da nova fase da Lava Jato

Segundo as investigações, o lobista Jorge Luz, que está preso em Curitiba, afirmou em depoimento que Tiago Cedraz intermediou conversas entre a empresa norte-americana Sargeant Marine e a Petrobras e que ele teria recebido US$ 20 mil por isso. Ainda segundo as investigações, Cedraz teria recebido os recursos em contas mantidas na Suíça em nome de offshores.

O ex-deputado federal Sérgio Tourinho Dantas também é um dos alvos da operação. Ele e Tiago foram sócios do escritório Cedraz & Tourinho Dantas.

Em nota, o advogado afirmou "sua tranquilidade quanto aos fatos apurados por jamais ter participado de qualquer conduta ilícita". Ainda segundo a nota, Cedraz afirma que "confia na apuração conduzida pela Força Tarefa da Lava Jato e permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários".

De acordo com a PF, novos elementos colhidos na investigação policial indicam que dois advogados participaram de reuniões nas quais "o esquema criminoso, com o pagamento de propinas a agentes da estatal, teria sido planejado”. Foi identificada a participação de suspeitos que atuaram junto a Petrobras para favorecer a contratação de empresa privada e remunerar indevidamente agentes públicos.

“Paralelamente teriam recebido comissões pela contratação de empresa americana pela empresa petrolífera, mediante pagamentos em contas mantidas na Suíça em nome de empresa off-shore. Também se detectou a participação de ex-deputado federal e sua assistente na prática dos crimes e no recebimento de pagamentos indevidos”, diz ainda a nota divulgada pela PF.

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