05 agosto 2017

Desembargador é chamado de corrupto e acusado de pedir propina

4 de Agosto de 2017 às 18:37 // 247 no Telegram // 247 no Youtube (Reprodução)

 
O advogado usou seu tempo de sustentação oral durante um julgamento na 1ª Câmara Cível, em Florianópolis (SC) para acusar um desembargador de pedir R$ 700 mil para julgar favoravelmente uma decisão; Felisberto Odilon Córdova se referiu ao desembargador Eduardo Gallo como “vagabundo”, “safado”, “descarado”; “Isso aqui não é a Câmara dos Deputados, isso aqui é um Tribunal de Justiça, e é preciso que a moralidade surja e venha a termo“, afirmou o advogado; assista

Justificando - Um advogado usou seu tempo de sustentação oral durante um julgamento na 1ª Câmara Cível, em Florianópolis (SC) para acusar um desembargador de pedir R$700 mil para julgar favoravelmente uma decisão. O caso ocorreu na tarde da última quinta-feira (3) durante uma sessão e foi divulgado pelo portal Jota.

Em tom exaltado, Felisberto Odilon Córdova se referiu ao desembargador Eduardo Gallo como “vagabundo”, “safado”, “descarado”. Além disso, declarou que o julgamento foi “comprado”, uma vez que ele foi procurado no Rio de Janeiro e recebeu uma “contraproposta” de uma pessoa em favor do desembargador diretamente em seu escritório.

“Isso aqui não é a Câmara dos Deputados, isso aqui é um Tribunal de Justiça, e é preciso que a moralidade surja e venha a termo“, afirmou o advogado. E justamente por esta razão, considerou o julgamento nulo e disse que em nome de sua moralidade, o “Ministério Público deveria investigar o caso”.

Em defesa, o desembargador afirmou ter 25 anos de carreira e disse que “nunca tinha passado por situação parecida”. Ao final do vídeo, que circulou nas redes sociais ainda na noite de ontem, Gallo pediu a prisão do advogado alegando verificar “nítido excesso” em sua conduta. O presidente do colegiado Raulino Brunning decidiu por adiar a análise do processo e oficiar o MP e a OAB.

O advogado foi retirado da sala por colegas ainda exaltado. Segundo as informações do jornalista Rafael Martini, do Diário Catarinense, o caso que estava sendo julgado diz respeito a uma disputa de R$ 35 milhões em execução de honorários, e a OAB-SC já instaurou comissão para apurar os fatos.

O presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), Alexandre d’Ivanenko, declarou que só vai se manifestar após analisar o episódio.

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