De Tijolaço - Por Fernando Brito · 03/03/2017 (Reprodução)
Gente canalha é canalha em tudo, inclusive na defesa de suas posições.
O Estadão dá conta de que o PMDB, por encomenda do Governo, está lançando uma campanha nas redes sociais (veja o meme
acima) associando a manutenção do Bolsa Família à aprovação da perda
dos direitos previdenciários dos trabalhadores, dos idosos e das pessoas
com deficiências, que dependem do Benefício de Prestação Continuada.
“Sem reforma da Previdência, adeus Bolsa-Família”, a chantagem é explícita.
Um programa que gasta menos 0,5% do PIB não pode ser responsabilizado por um déficit que representa cinco vezes mais.
Muito menos quando o pagamento dos juros pelo governo alcança, por
ano, 18 vezes todo o gasto com esta já precária rede de proteção social.
Mas o governo, que contratou o marqueteiro de João Dória, certamente o criador do Dândi-Lixeiro não é apenas canalha, é burro.
A iniciativa foi tomada após o
Palácio do Planalto detectar forte resistência à reforma no Congresso
Nacional. Estudos de inteligência de rede e monitoramento de internet
feitos pela legenda detectaram um predomínio da narrativa da oposição no
debate virtual. O pedido do PMDB aos especialistas foi adotar um tom “mais pesado” para colocar o outro lado da moeda “em evidência”.
Tudo o que se consegue, em comunicação, com mensagens na base do “dá ou desce” é o “desce”.
A mensagem que salta da propaganda é “Sem reforma da Previdência, adeus Michel Temer“.
Essa é a verdade política de um governo que, desmoralizado até a
última molécula, aposta na satisfação do “mercado” todas as fichas de
sua sobrevivência.
Temer, por vil, mesquinho , miúdo e vaidoso, jamais entendeu que a
maneira de agir que o podia legitimar era a do equilíbrio e da
transitoriedade.
O que ele diz que não quer, a popularidade, é um obsessão de todo dia.
Cada vez mais, parece que Temer só tem uma serventia: a de ser marqueteiro de Lula.
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