12 janeiro 2015

Bebê de um ano e sete meses morre após se afogar em buraco no TO

12/01/2015 17h18 - Atualizado em 12/01/2015 17h18

Proprietário do lote onde fica o buraco foi preso por homicídio culposo.
Caso aconteceu em Tocantinópolis, no extremo norte do estado.

Do G1 TO/TV Anhanguera
Buraco onde a criança caiu estava cheio de água (Foto: Roberlan Cokim/Tocnoticias)Buraco onde a criança caiu estava cheio de água (Foto: Roberlan Cokim/Tocnoticias)
Um bebê de um ano e sete meses morreu na tarde deste domingo (11) depois de cair em um buraco cheio de água e se afogar. Segundo a Polícia Civil, o caso aconteceu por volta das 15h30 no bairro Alto Bonito, em Tocantinópolis, no extremo norte do Tocantins. A mãe da criança, Deonice Barbosa da Silva, de 38 anos, contou que percebeu a falta do filho, Davi Luis Macedo da Silva, e começou a procurá-lo pela casa e na propriedade de vizinhos que são amigos da família.
Como não encontrava o menino, a mulher, que tem outros seis filhos, se lembrou de um lote vazio que fica ao lado da casa, onde existem três buracos e correu para o local. Ainda conforme o depoimento, com a ajuda de uma outra pessoa, Deonice procurou pela criança dentro dos buracos, sendo que dois deles estavam cheios de água. Com um pedaço de madeira, ela começou a vasculhar o fundo e acabou encontrando a criança já desacordada. Vizinhos relataram que o buraco tinha aproximadamente um metro e meio de profundidade.
O bebê foi encaminhado para o Hospital Municipal José Sabóia, mas ele já chegou morto na unidade. De acordo com relatos dos vizinhos à polícia, os buracos no lote são usados como sumidouros de água de um lava a jato localizado no bairro.
Empresário alegou que as crianças não andavam pelo lote (Foto: Roberlan Cokim/Tocnoticias)
Empresário alegou que as crianças não andavam
pelo lote (Foto: Roberlan Cokim/Tocnoticias)
O dono do estabelecimento, Cristino de Souza Rodrigues, de 30 anos, foi preso por homicídio culposo. Ele prestou depoimento na delegacia da cidade e disse que estava em uma chácara quando o acidente aconteceu. Rodrigues alegou que quando comprou o lava a jato os buracos já existiam, mas não foram usados como sumidouros porque a "água brotava da terra". Por isso, estaria usando outros dois buracos, que estavam devidamente tampados.
O empresário disse ainda, que como o lote tem muito mato ele não imaginava que uma criança iria andar pelo local, até porque, segundo ele, não tem muitas crianças no bairro e elas não costumam caminhar no local. Rodrigues foi liberado depois de pagar uma fiança de R$ 5 mil e vai responder pelo crime em liberdade.
O corpo do bebê foi encaminhado para o IML e depois foi liberado para a família. De acordo com as informações, o enterro está marcado para acontecer nesta segunda-feira (12) às 17h, no cemitério de Tocantinópolis.
Buraco ficava escondido por causa do mato (Foto: Roberlan Cokim/Tocnoticias)Buraco ficava escondido por causa do mato (Foto: Roberlan Cokim/Tocnoticias)

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