Publicação: 12/05/2014 08:37 Atualização: 12/05/2014 09:01 - De: O Imparcial
As fortes chuvas alteraram a rotina do maranhense na última semana. No último sábado (10), por exemplo, um jogo de futebol que aconteceria no Estádio Castelão foi cancelado pela falta de condições do tempo na capital do Maranhão. Além disso, São Luís foi palco de vários deslizamentos e enchentes, que prejudicaram a população ludovicense, desde as áreas consideradas nobres até as áreas periféricas da cidade.
No bairro do Renascença II, que aparentemente possui um problema crônico de drenagem, a história se repetiu como nas fortes chuvas passadas. Os alagamentos eram visíveis por quem transitava pela Avenida Colares Moreira e mais uma vez, um cursinho preparatório de concursos, o Curso Wellington, foi tomado pela água, que não conseguia escoar pelas galerias do bairro. Carros que estavam foram levados pela força da água.
No bairro do Vinhais, uma árvore caiu e tomou conta de toda a avenida, nas proximidades da farmácia ExtraFarma. O trânsito, que já estava lento por conta da chuva, ficou totalmente parado, formando um grande congestionamento no local.
Em outros bairros a situação foi mais grave. Deslizamentos chegaram a provocar até a morte de uma pessoa no Bequimão. Genival da Silva Severiano, conhecido como “Bira”, foi encontrado morto na manhã de ontem, dentro de uma reserva de preservação ambiental que fica entre os bairros do Bequimão e Angelim, em São Luís. Segundo informações dos familiares, Genival saiu de casa debaixo de chuva, de bicicleta, por volta de 18h do sábado.
De acordo com o secretário municipal de Cidadania com Segurança, Breno Galdino, as fortes chuvas registradas em São Luís atingiram, somente no sábado, 80% do índice pluviométrico esperado para o mês de maio. O secretário informou que os dados foram obtidos junto ao Departamento de Metereologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
No sábado, a Defesa Civil registrou 50 ocorrências, sendo dez chamadas por deslizamento e outras 40 por alagamento. A maioria delas foram oriundas da regiões do Sá Viana, Residencial Primavera, Matança, Fumacê, Vila Apaco e Vila Militar. Cerca de 30 famílias que moravam em áreas de risco ficaram desabrigadas.
Medidas dos governos
Segundo informações oficiais, a Prefeitura já providenciou a remoção de quatro famílias da Vila Militar e disponibilizou Unidade de Educação Básica da região para abrigar os moradores da Apaco. A Secretaria de Assistência Social já providenciou colchonetes, cestas básicas e água para atender os desabrigados. No Coroadinho e Cohatrac, também houve alagamentos em parte das ruas.
Já o Governo do Estado está atuando no apoio às ações da Prefeitura, por meio das Secretarias de Segurança Pública (SSP) e de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania (Sedihc) e da Defesa Civil.
Homens da Defesa Civil Estadual passaram a noite de sábado (10) e madrugada de domingo (11) ajudando o município no deslocamento de famílias que tiveram suas casas alagadas em diversos pontos da cidade.
A Defesa Civil Estadual está com um efetivo de quase 200 homens prontos para ajudar a população. “Orientamos as famílias que residem em áreas de risco de desabamento e de alagamentos, que desocupem esses locais o quanto antes ou solicitem a ajuda do poder público”, disse o coronel Vanderley Pereira.
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