02/09/2014 - Folha do Bico
O controlador-geral do Estado (CGE), Ricardo Eustáquio de Souza,
assinou portaria no dia 20 pela qual constitui comissão para realização
de Tomada de Contas Especial, determinada pelo Tribunal de Contas do
Estado (TCE), para apurar a contratação da empresa Unihealth Logística
Hospitalar Ltda. em 2008, pelo então secretaário estadual de Saúde
Eugênio Pacceli. A portaria foi publicada no Diário Oficial de
sexta-feira, 29.
Conforme o Tribunal de Contas do Estado (TCE-TO), a Secretaria
Estadual de Saúde (Sesau) contratou a empresa em 2008 para fazer a
logística do fluxo de materiais e medicamentos, com fornecimento de
infraestrutura de armazenagem e distribuição, equipamentos de automação e
manutenção, sistema operacional e gerenciamento de estoques e
mão-de-obra especializada. O valor do contrato era de R$ 14,7 milhões,
com recursos do governo federal, mas, conforme o TCE, no terceiro
aditivo passou a vigorar exclusivamente com aporte do Tesouro Estadual.
De acordo com o TCE, não foi demonstrada a vantagem dessa contratação
para a administração estadual. “Inexistindo prova de que a prestação
dos serviços por terceiro é mais econômica e primorosa do que a execução
direta pelo Poder Público”, afirma a resolução da Corte de Contas. Ao
contrário, afirma o órgão: “Pelo contrário, o que se depreende do
demonstrado acima é que nesta contratação a Administração teve que
desembolsar R$ 6.017.515,45 durante os 22 meses de execução contratual”.
Para o TCE, ainda “cabia à Sesau definir de forma clara, precisa e
específica o que se pretendia contratar e não de forma genérica como foi
realizada”. “O procedimento adotado impediu que os agentes que atuam no
mercado soubessem exatamente o que a Administração queria contratar,
prejudicando, assim, a competitividade”, afirma resolução do tribunal,
que considerou ilegais os processos principais do pregão presencial que
resultou na contratação da empresa, bem como o contrato e os termos
aditivos.
O TCE multou o então secretário estadual de Saúde Eugênio Pacceli em
R$ 15 mil “pela falta de clareza do termo de referência, bem como pela
inclusão de vários objetos distintos em um único lote”. (Portal CT).
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