13 setembro 2013

TOCANTINS: Prefeito de Santa Fé do Araguaia é afastado após decisão da Justiça

12/09/2013 19h51 - Atualizado em 12/09/2013 19h51

MPE quer evitar que o gestor inutilize provas referentes aos autos.

Irregularidades teriam causado um prejuízo de mais de R$ 375 mil.

Do G1 TO

O prefeito Fleuri José Lopes (PSB), do município de Santa Fé do Araguaia (TO), foi afastado do cargo após determinação da Justiça. Ele é investigado pela prática de diversos atos de improbidade administrativa e com o afastamento, "o Judiciário espera resguardar a instrução processual, impedindo que o gestor esconda ou inutilize provas referentes aos autos", explica o Ministério Público Estadual (MPE).

De agora em diante, segundo o MPE, a chefia da prefeitura será exercida pelo vereador Valtercides Elias Costa (PMDB). Ele é o vereador mais velho entre "o grupo de vereadores que impetrou o recente mandato de segurança contra o prefeito", ao explicar que Lopes estaria impedindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que visava investigar os possíveis atos de improbidade.
Normalmente a vice-prefeita Elsir Soares Ferreira (DEM) ou o líder da Câmara dos Vereadores, Sebastião José Lopes (PTB), irmão do prefeito, assumiria as funções do executivo, mas o MPE entendeu que ambos "não teriam a independência necessária" para exercer o cargo.
Entenda
O prefeito é suspeito de alugar, em nome do município, dois imóveis de propriedade de sua esposa, Suely Pereira Brasil. De acordo com o MPE, "para que apresentassem regularidade, as locações teriam sido feitas em nome de um 'laranja', 'uma pessoa muito simples, sem condições de adquirir imóvel de maior envergadura numa cidade pobre', segundo cita a decisão do magistrado".

Além de pertencerem à primeira-dama, os imóveis não teriam passado pela devida avaliação imobiliária. Lopes também é suspeito de superfaturar compras de alimentos em uma empresa de sua irmã, Vera Lúcia Pereira Lopes, além de pagar por serviços não prestados e pela aquisição de materiais não entregues. O MPE calcula que as irregularidades teriam causado um prejuízo de mais de R$ 375 mil aos cofres da prefeitura.
Fonte: G1 Tocantins

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