20 novembro 2013

ARAGUAINA. TCU afirma que Hospital Regional de Araguaína está à beira de um colapso e considera instalações 'inadequadas e precárias'

Data: 19/11/2013

Relatório elaborado por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), em diversos hospitais do Tocantins, entre eles o Regional de Araguaína (HRA), aponta uma série de irregularidades de ordem material, estrutural e de recursos humanos.

Recentemente, o governador Siqueira Campos (PSDB) afirmou que o HRA possui o melhor atendimento do Brasil e também as melhores condições. 

HRA

Conforme o relatório obtido pelo AF Notícias, com a demanda cada vez maior, agrava a situação do atendimento no Hospital Regional de Araguaína - HRA, um dos principais do Estado.

No hospital, técnicos do TCU constataram que pacientes graves, submetidos à ventilação mecânica, que deveriam estar internados em unidade de terapia intensiva (UTI) ocupavam leitos destinados ao pós-operatório. Para piorar a situação, segundo o relatório, no HRA foi montada uma UTI provisória, o que causa o funcionamento inadequado dos serviços e expõe os pacientes a infecções hospitalares e os funcionários a riscos ocupacionais.

O TCU destaca também que “a situação é agravada pela falta de investimentos na rede hospitalar e pelo não fortalecimento da rede localizada no entorno de Araguaína”.

Instalações precárias e inadequadas

O TCU considerou as instalações do Hospital Regional de Araguaína as "mais inadequadas e precárias". “Talvez pela importância social na região em que se localiza e pelo longo período transcorrido desde a sua construção”, sugere o relatório.

O Tribunal alertou ainda que o HRA “está à beira de um colapso”. “As instalações físicas e a infraestrutura desse hospital estão num estado tão crítico que ele não possui alvará de licenciamento para atuar como uma unidade de saúde, devido à impossibilidade de cumprir as normas estaduais e municipais que estabelecem os requisitos para a obtenção da respectiva autorização estatal”, destacou o relatório.

Utilização de espaço físico por empresa terceirizada

O relatório do TCU destaca também como problema no HRA a utilização de espaço por empresa terceirizada. Segundo a relatório, a empresa CDT, que presta serviços de exames de diagnóstico, ocupa espaço físico no hospital. “Considerando a inexistência de espaço para a prestação adequada de muitos serviços, essa cessão de espaço gera um stress constante para os funcionários do hospital, que não raras vezes são hostilizados pelos pacientes que aguardam atendimento ambulatorial”, enfatiza o relatório do TCU.
Interrupções constantes dos serviços

Outro grave problema apontado pelo TCU é a interrupção constante dos serviços de radioterapia. O hospital possui apenas um acelerador, o qual funciona 18 horas por dia, atendendo 103 pacientes diariamente, há mais de 10 anos. Na visita à Unidade de Radioterapia, que é a única do estado, a equipe do TCU constatou que o funcionamento desse aparelho sofreu dezenas de interrupções de janeiro a agosto de 2013
(Mouranet / Foto: Edson Paulo Lins Junior)

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