Sem receber, cabos eleitorais protestam em frente a comitês em Araguaína; governistas acusam adversários de armação

04/10/2014 10h00 | Atualizado em: 04/10/2014 10h22 - De: Portal O Norte

Divulgação

A sexta-feira, dia 3, foi agitada em Araguaína, principalmente nos comitês eleitorais de quase todos os candidatos, desde a deputado estadual, federal, senador ao governo do Estado.

Durante todo o dia era possível ver grande concentração de pessoas que teriam sido contratadas para trabalhar durante o período eleitoral, que começou no dia 5 de julho até agora.

A manifestação dos cabos eleitorais teria único motivo: a falta de pagamento por parte dos candidatos. “Estou trabalhando desde julho e não vou levar cano deles, eu quero é receber, eu trabalhei e quero receber”, dizia uma mulher em frente ao Comitê da Rua 2 de Julho, dos candidatos Valderez Castelo Branco Martins (estadual) e Lázaro Botelho (federal).

Já o Comitê de Valderez disse que todo o pagamento de cabos eleitorais estaria sendo realizado na sexta-feira e que devido ao “processo burocrático e à greve dos bancários, há a possibilidade de algumas pessoas serem pagas apenas hoje, sábado, 4. Ainda pela manhã, era possível ver cabos eleitorais, carros de som parados em frente ao comitê da candidata à espera de pagamento.

Mas a revolta das militâncias se estendia por todos os Comitês. O candidato a deputado estadual Jorge Frederico também enfrentou o mesmo problema. Frederico, da Coligação A Mudança Que A Gente Vê, afirmou que não havia nenhuma pessoa entre os manifestantes que fosse contratada por sua campanha. "Estou com os pagamentos em dia", disse Jorge Frederico.

No Comitê do candidato ao governo do Estado, Sandoval Cardoso e da Coligação A Mudança Que A gente Vê, os ânimos eram acirrados. Dezenas de pessoas interditaram a principal avenida da cidade, a Cônego João Lima. O grupo gritava: “Queremos receber, queremos receber”. Os manifestantes garantem que foram contratados para trabalhar durante o mês de setembro por cerca de R$ 750,00, divididos em duas parcelas, uma no início das atividades, R$ 200,00 e o restante, R$ 550,00, para o dia 3 de outubro,sexta-feira. Segundo os manifestantes o pagamento não teria sido feito.

A Coligação A Mudança Que A Gente Vê enviou nota à imprensa afirmando que o pagamento já havia sido feito. “Todos os colaboradores contratados pela coligação majoritária já foram pagos em dias anteriores”, diz a nota, atribuindo a manifestação dos militantes aos adversários políticos. “O tumulto ocorreu insuflado por adversários com o objetivo de desestabilizar a campanha vitoriosa de Sandoval Cardoso em Araguaína”, afirma a nota, dizendo ainda que o ato foi realizado por adversários só para a chamar a atenção. “comprova que a intenção era só criar um factoide em véspera de eleição”.