10/10/14 12h0610/10/14 19h13 - De: Cleber Toledo
O governador eleito Marcelo Miranda (PMDB) comemora seu aniversário, que ocorre nesta sexta-feira, 10, fora do Tocantins. Conforme aliados próximos, Marcelo estará de volta a Palmas na segunda-feira, 13, quando começará as articulações para compor sua equipe de governo.
FORMADO E COMANDADO POR MARCELO
Para quem está avaliando que toda a articulação será liderada, como antes, pelo ex-secretário de Infraestrutura Brito Miranda, pessoas próximas do governador eleito garantem que não desta vez. Segundo elas, toda articulação será pessoal e exclusiva de Marcelo. "Será ele e ele. Desta vez, será um governo formado e comandado, unicamente, pelo próprio Marcelo, e por mais ninguém", garantiu um aliado.
CONTABILIDADE CRIATIVA
Palacianos aguardam para os próximos dias novas exonerações de todos os comissionados nos mesmos moldes das que que ocorreram nos últimos 18 meses. Ao final de cada quadrimestre, o Estado exonera todo mundo e recontrata em seguida. Isso porque o governo atua além do limite prudencial de 49%. Se fechar um quadrimestre fora desse limite, não receberá transferências federais. Por isso, exonera e recontrata.
PARTE NÃO DEVE VOLTAR
A diferença desta vez, conforme alguns membros de alto escalão, é que parte desse pessoal já não deve voltar, como estrastégia de enxugamento que o governo realizará para entregar o Estado dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) a Marcelo.
SE SENTEM ESCANTEADOS
Alguns secretários de Estado estão muito chateados por terem sido escanteados durante a campanha do governador Sandoval Cardoso (SD). O comentário é de que se formou um núcleo eleitoral sem experiência de campanha e nomes que conhecem tudo de política do Tocantins foram ignorados, como o presidente da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), Edmundo Galdino, o secretário de Missões Especiais, Paulo Roberto, entre outros nomes.
NÃO SE SENTE ESCANTEADO
Edmundo Galdino afirmou em nota que não se sente escanteado. Segundo ele, desde que assumiu, Sandoval sempre manteve diálogo com todos os secretários que já estavam no governo. O presidente da ATS disse ainda que, "como político e cidadão tocantinense", participou ativamente da campanha do governador, inclusive, organizando reuniões e atos políticos em Palmas e interior, em sua maioria, com a participação de Sandoval.
USO ESTRATÉGICO
A reclamação das fontes ouvidas pelo blog, contudo, não foi nesse sentido, e sim no fato de que a larga experiência de Galdino e outros não teria sido usada de forma estratégica na intelegência da campanha.
DILMA SOBERANA NO TOCANTINS
O Tocantins realmente se dobra ao governo do PT. Os números das eleições de domingo, 5, mostram que, mesmo juntando todos os votos dos candidatos Aécio Neves (PSDB), que somaram 202.882, e Marina Silva (PSB), um total de 150.658, ainda não dariam a votação da presidente Dilma Rousseff (PT) no Estado - seriam 353.450 da dupla contra 368.348 para a petista. Ainda que se juntasse os outros 11.462 votos de todos os candidatos nanicos, mesmo assim não daria a votação da presidente - somariam 364.912.
PALMAS DIVERGE
Com exceção de Palmas. Na Capital, venceu a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva, com 44.602, ou 34,68% do total, com Dilma em segundo, com 43.445 (33,78%); e Aécio em terceiro, com 37.175, ou 28,9%. Marina conseguiu bons resultados em outros municípios. Ela ficou em segundo lugar em Porto Nacional, Tocantinópolis e Miracema.
DOIS ALIADOS HISTÓRICOS A MENOS
Na Assembleia Legislativa do Tocantins, a presidente Dilma e o PT perderam dois apoios históricos: os deputados do Pros Sargento Aragão e Eli Borges, que sempre votaram e pediram votos para candidatos petistas à Presidência da República. Aragão está revoltado com a atuação do governo federal contra movimentos militares nos Estados, como no caso da Bahia, e com a fracassada política de segurança pública da União. Eli pela postura do governo petistas "contra a família".
PP PEQUENO PARA BOTELHO E AMASTHA
Passadas as eleições, as divergências do PP do período pré-convenção devem voltar à mesa. Os dois grupos permanecem irreconciliáveis - de um lado o presidente regional, deputado federal Lázaro Botelho, e de outro o prefeito de Palmas, Carlos Amastha. Os "botelhistas", que saíram fortalecidos do pleito com a reeleição do parlamentar e a expressiva votação e eleição da esposa dele, Valderez Castelo Branco, avaliam que o PP ficou muito pequeno para os dois grupos depois das profundas crises geradas pelas afirmações de Amastha contra a declaração de apoio do partido à reeleição do governador Sandoval Cardoso.
AMO-O E NÃO O DEIXO
Diante disso, começam as especulações de que Amastha e seu grupo estariam preparando as malas para rumar para o PDT, depois da aproximação dele com o deputado federal Ângelo Agnolin nestas eleições. Porém, o prefeito garantiu ao blog que não passa por sua cabeça deixar o PP. "Amo o meu partido", afirmou, encerrando o assunto.
- Matéria atualizada às 16h54
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários geram responsabilidade. Portanto, não ofenda, difame ou dscrimine. Gratos pela contribuição.