09 outubro 2014

Candidato vai para a Câmara dos Deputados e deixa pra trás quase mil concorrentes com mais votos

POR – 09/10/2014 - NOTÍCIAS DO BRASIL E MUNDO / Paraíso Web
Coeficiente eleitoral explica candidatos menos votados assumirem vaga em 
detrimento dos mais votados

Divulgação
Os políticos conhecidos como puxadores de votos levaram para o Congresso diversos deputados que não obtiveram tantos votos quanto outros candidatos com votações mais expressivas.
Esse é o caso de Carlos Andrade (PHS-RR). Com 6.733 votos, ele foi o deputado federal eleito com menos votos, deixando para trás outros 939 concorrentes no pleito deste ano. Esse número é o equivalente a quase duas Câmaras dos Deputados.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ainda analisa recursos de outros políticos, o que pode mudar o cenário até o dia da diplomação dos eleitos, em 19 de dezembro.
O sucesso eleitoral de Andrade se deve à votação expressiva que sua coligação obteve no Estado. Hiran Gonçalves (PMN-RR), com 9.048 votos, garantiu a eleição do colega da coligação Mais Roraima. Com 6.733 votos, Andrade passou à frente de Eduardo Campos (PP), com 16.942 votos, e Márcio Junqueira (PROS), com 6.782 votos.
Todos esses casos, apenas em Roraima, mostram como é possível um candidato com menos votos ser eleito enquanto outro, com melhor votação, não. É o chamado quociente eleitoral, que soma os votos em todos os candidatos da coligação e depois elege os melhores colocados entre as siglas. Por este motivo, o candidato a deputado Eduardo Campos (PP) não conseguiu se eleger, já que sua coligação obteve menos votos que a Mais Roraima.
Quando a situação é levada para o plano nacional, estes números crescem, e tomam proporções maiores.
Cada Estado também tem sua lista de espera para casos de desistência ou licença dos parlamentares. Em São Paulo, Fausto Pinato (PRB), foi eleito com 22.097 votos. Ao mesmo tempo, Thame (PSDB) obteve 106.676 votos e não se elegeu ao cargo. Porém, caso algum dos deputados deixe o exercício do mandato pelo Estado, Thame, provavelmente, será o primeiro a assumir o mandato, já que à Câmara não se elege uma chapa com vice ou suplentes.
A mudança de cenário ainda deve balançar algumas cadeiras antes mesmo da diplomação e da posse. Ao todo, o TSE divulgou um total de 345 candidatos que não tiveram seus votos totalizados devido à sua situação jurídica ou do seu partido, ou a falecimento.

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